Bombas de fragmentação dobraram número de vítimas civis em 2016
Paris, 31 Ago 2017 (AFP) - Proibidas por uma convenção internacional, as bombas de fragmentação provocaram pelo menos o dobro de mortos e feridos em 2016, em relação a 2015 - denunciou a ONG Handicap International nesta quinta-feira (31), alertando para o "aumento exponencial" desses "massacres", a maioria na Síria.
Essas armas podem conter várias dezenas de pequenas bombas que são liberadas em um perímetro amplo. Algumas dessas minibombas podem não explodir ao cair, transformando-se em minas antipessoais que podem matar, ou mutilar, muito tempo depois de o conflito ter terminado.
Em 2016, 971 pessoas morreram, ou ficaram feridas por causa dessas bombas, contra 419 em 2015, aponta o último relatório anual do Observatório de Munições, do qual a Handicap Internacional faz parte.
No total, 98% das vítimas são civis, detalha o informe publicado dias antes da Conferência dos Estados que fazem parte da Convenção de Oslo, a qual proíbe as armas de fragmentação.
A Conferência está prevista para acontecer de 4 a 6 de setembro em Genebra.
"As bombas de fragmentação continuam massacrando", disse à AFP Anne Hery, da Handicap International, acrescentando que 89% das vítimas civis dessas armas em 2016 foram contabilizadas na Síria.
O seu uso recorrente "é extremamente preocupante", acrescenta esta diretora de Comunicação, que considera que "demonstra a falta de consideração com os civis e, em alguns casos, uma vontade deliberada de atacá-los".
Além do governo sírio e de seu aliado russo, o relatório aponta entre os responsáveis "a coalizão internacional liderada pela Arábia Saudita" no Iêmen.
Tanto na Síria quanto no Iêmen, o número de vítimas contabilizadas está "muito abaixo da realidade devido à grande dificuldade no momento de obter as informações", destaca a Handicap Internacional.
Estados Unidos, Rússia, China, Síria, Iêmen e Arábia Saudita não assinaram a Convenção de Oslo.
Em 2016, também foram usadas bombas de fragmentação em Somália, Ucrânia, Sudão, Líbia e no território do Alto Karabakh - disputado por Armênia e Azerbaijão -, indica a ONG.
Uma informação "que ainda não foi confirmada" também revela o seu possível uso "no Iraque e na Líbia".
Visando a conferência em Genebra, a Handicap Internacional "pede que os Estados apliquem o direito internacional e pressionem os beligerantes para que deixem de usar esta arma bárbara".
Exigem também que pressionem os 16 países que supostamente continuam fabricando munições deste tipo, ou que reservam o direito de fazê-lo, de acordo com a ONG. Entre eles destaca-se Brasil, China, Estados Unidos e Turquia.
Entre os 971 mortos e feridos pelas bombas de fragmentação em 2016, 860 foram registrados na Síria, 51 no Laos e 38 no Iêmen.
Essas armas podem conter várias dezenas de pequenas bombas que são liberadas em um perímetro amplo. Algumas dessas minibombas podem não explodir ao cair, transformando-se em minas antipessoais que podem matar, ou mutilar, muito tempo depois de o conflito ter terminado.
Em 2016, 971 pessoas morreram, ou ficaram feridas por causa dessas bombas, contra 419 em 2015, aponta o último relatório anual do Observatório de Munições, do qual a Handicap Internacional faz parte.
No total, 98% das vítimas são civis, detalha o informe publicado dias antes da Conferência dos Estados que fazem parte da Convenção de Oslo, a qual proíbe as armas de fragmentação.
A Conferência está prevista para acontecer de 4 a 6 de setembro em Genebra.
"As bombas de fragmentação continuam massacrando", disse à AFP Anne Hery, da Handicap International, acrescentando que 89% das vítimas civis dessas armas em 2016 foram contabilizadas na Síria.
O seu uso recorrente "é extremamente preocupante", acrescenta esta diretora de Comunicação, que considera que "demonstra a falta de consideração com os civis e, em alguns casos, uma vontade deliberada de atacá-los".
Além do governo sírio e de seu aliado russo, o relatório aponta entre os responsáveis "a coalizão internacional liderada pela Arábia Saudita" no Iêmen.
Tanto na Síria quanto no Iêmen, o número de vítimas contabilizadas está "muito abaixo da realidade devido à grande dificuldade no momento de obter as informações", destaca a Handicap Internacional.
Estados Unidos, Rússia, China, Síria, Iêmen e Arábia Saudita não assinaram a Convenção de Oslo.
Em 2016, também foram usadas bombas de fragmentação em Somália, Ucrânia, Sudão, Líbia e no território do Alto Karabakh - disputado por Armênia e Azerbaijão -, indica a ONG.
Uma informação "que ainda não foi confirmada" também revela o seu possível uso "no Iraque e na Líbia".
Visando a conferência em Genebra, a Handicap Internacional "pede que os Estados apliquem o direito internacional e pressionem os beligerantes para que deixem de usar esta arma bárbara".
Exigem também que pressionem os 16 países que supostamente continuam fabricando munições deste tipo, ou que reservam o direito de fazê-lo, de acordo com a ONG. Entre eles destaca-se Brasil, China, Estados Unidos e Turquia.
Entre os 971 mortos e feridos pelas bombas de fragmentação em 2016, 860 foram registrados na Síria, 51 no Laos e 38 no Iêmen.
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