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Número de vítimas civis por bombas de fragmentação dobra em 2016

31/08/2017 08h18

Paris, 31 Ago 2017 (AFP) - Proibidas por uma convenção internacional, as bombas de fragmentação deixaram pelo menos o dobro de mortos e feridos em 2016, em relação a 2015 - denunciou a ONG Handicap International nesta quinta-feira (31), alertando para o "aumento exponencial" desses "massacres", a maioria na Síria.

Essas armas podem conter várias dezenas de pequenas bombas que são liberadas em um perímetro amplo. Algumas dessas minibombas podem não explodir ao cair, transformando-se em minas antipessoais que podem matar, ou mutilar, muito tempo depois de o conflito ter terminado.

Em 2016, 971 pessoas morreram, ou ficaram feridas por causa dessas bombas, contra 419 em 2015, aponta o último relatório anual do Observatório de Munições, do qual a Handicap Internacional faz parte.

No total, 98% das vítimas são civis, detalha o informe publicado dias antes da Conferência dos Estados que fazem parte da Convenção de Oslo, a qual proíbe as armas de fragmentação.

A Conferência está prevista para acontecer de 4 a 6 de setembro em Genebra.

"As bombas de fragmentação continuam massacrando", disse à AFP Anne Hery, da Handicap International, acrescentando que 89% das vítimas civis dessas armas em 2016 foram contabilizadas na Síria.