Partidos alemães tentam formar governo de maioria após eleições
Berlim, 26 Set 2017 (AFP) - Após as eleições legislativas de domingo na Alemanha, marcadas por uma frágil vitória do partido conservador de Angela Merkel e o avanço da extrema-direita, os partidos políticos buscam agora a maioria para formar um governo.
A conservadora CDU da chanceler alemã e seu aliado bávaro CSU convocaram a bancada parlamentar após a vitória de domingo, com 33% dos votos, o resultado mais fraco em quase 70 anos e oito pontos abaixo do registrado em 2013.
Também se reúnem os deputados do AfD, partido de extrema-direita contrário ao islã e anti-imigração, que obteve um histórico terceiro lugar (12,6% dos votos, atrás dos social-democratas, com 20,5%). O partido radical entra pela primeira vez no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, desde o fim da II Guerra Mundial.
Um dos líderes do AfD, Alexander Gauland, afirmou recentemente que os alemães deveriam ter orgulho dos soldados do Terceiro Reich.
Gauland, no entanto, tentou enviar uma mensagem de tranquilidade ao afirmar que "o discurso durante a campanha eleitoral é muito diferente do que será utilizado no Bundestag".
Após a frágil vitória, a ala política de Merkel não terá uma reunião fácil. A CSU e os integrantes mais conservadores da CDU consideram que a guinada centrista da chanceler provocou uma hemorragia de votos, quase um milhão, na direção do AfD.
Para os setores mais conservadores, a incapacidade para responder aos temores provocados pela abertura de fronteiras em 2015 a centenas de milhares de refugiados impediu uma vitória clara de Merkel e seus aliados.
Mas os conservadores precisam buscar a unidade antes de negociar com os Verdes (8,9%) e os liberais do partido FDP (10,7%) para formar um governo.
A missão não será fácil porque a CSU da Baviera tem como principal reivindicação um limite ao número de solicitantes de asilo aceitos a cada ano, algo que Merkel rejeita há dois anos.
Caso atenda as demandas dos setores mais conservadores, os 67 deputados do Partido Verde podem se negar a negociar. E, sem eles, uma coalizão de governo é impossível.
Por este motivo, reunir em um mesmo Executivo centristas, a ala mais dura dos conservadores, liberais e ecologistas se anuncia como uma tarefa muito difícil para Merkel, o que pode demorar vários meses.
Sem acordo, a chanceler não poderá iniciar o quarto mandato, exceto com a formação de um improvável governo de minoria, o que pode levar o país a convocar eleições antecipadas.
Dois dias depois das eleições, os alemães se declaram favoráveis a esta curiosa coalizão de três, batizada pela imprensa de "Jamaica" pelas cores (preto, amarelo e verde) dos três partidos envolvidos.
Atualmente esta coalizão existe apenas em uma pequena região nórdica, Schleswig-Holstein.
De acordo com uma pesquisa da rede pública ARD, 57% dos alemães desejam que CDU/CSU, Verdes e liberais formem o próximo governo, um aumento de 34 pontos na comparação com uma sondagem realizada no domingo. E 58% desejam que Merkel permaneça como chefe de Governo.
As negociações serão observadas com atenção na Europa, já que o acordo de coalizão incluirá certamente as reformas da zona do euro.
Sem o apoio alemão, as propostas para reformar a Europa do presidente francês Emmanuel Macron dificilmente serão aprovadas.
Mas entre os conservadores e liberais a ideia de um orçamento comum europeu é mal vista e considerada uma tentativa de impor aos alemães o pagamento dos excessos orçamentários dos demais países.
A conservadora CDU da chanceler alemã e seu aliado bávaro CSU convocaram a bancada parlamentar após a vitória de domingo, com 33% dos votos, o resultado mais fraco em quase 70 anos e oito pontos abaixo do registrado em 2013.
Também se reúnem os deputados do AfD, partido de extrema-direita contrário ao islã e anti-imigração, que obteve um histórico terceiro lugar (12,6% dos votos, atrás dos social-democratas, com 20,5%). O partido radical entra pela primeira vez no Bundestag, a Câmara Baixa do Parlamento, desde o fim da II Guerra Mundial.
Um dos líderes do AfD, Alexander Gauland, afirmou recentemente que os alemães deveriam ter orgulho dos soldados do Terceiro Reich.
Gauland, no entanto, tentou enviar uma mensagem de tranquilidade ao afirmar que "o discurso durante a campanha eleitoral é muito diferente do que será utilizado no Bundestag".
Após a frágil vitória, a ala política de Merkel não terá uma reunião fácil. A CSU e os integrantes mais conservadores da CDU consideram que a guinada centrista da chanceler provocou uma hemorragia de votos, quase um milhão, na direção do AfD.
Para os setores mais conservadores, a incapacidade para responder aos temores provocados pela abertura de fronteiras em 2015 a centenas de milhares de refugiados impediu uma vitória clara de Merkel e seus aliados.
Mas os conservadores precisam buscar a unidade antes de negociar com os Verdes (8,9%) e os liberais do partido FDP (10,7%) para formar um governo.
A missão não será fácil porque a CSU da Baviera tem como principal reivindicação um limite ao número de solicitantes de asilo aceitos a cada ano, algo que Merkel rejeita há dois anos.
Caso atenda as demandas dos setores mais conservadores, os 67 deputados do Partido Verde podem se negar a negociar. E, sem eles, uma coalizão de governo é impossível.
Por este motivo, reunir em um mesmo Executivo centristas, a ala mais dura dos conservadores, liberais e ecologistas se anuncia como uma tarefa muito difícil para Merkel, o que pode demorar vários meses.
Sem acordo, a chanceler não poderá iniciar o quarto mandato, exceto com a formação de um improvável governo de minoria, o que pode levar o país a convocar eleições antecipadas.
Dois dias depois das eleições, os alemães se declaram favoráveis a esta curiosa coalizão de três, batizada pela imprensa de "Jamaica" pelas cores (preto, amarelo e verde) dos três partidos envolvidos.
Atualmente esta coalizão existe apenas em uma pequena região nórdica, Schleswig-Holstein.
De acordo com uma pesquisa da rede pública ARD, 57% dos alemães desejam que CDU/CSU, Verdes e liberais formem o próximo governo, um aumento de 34 pontos na comparação com uma sondagem realizada no domingo. E 58% desejam que Merkel permaneça como chefe de Governo.
As negociações serão observadas com atenção na Europa, já que o acordo de coalizão incluirá certamente as reformas da zona do euro.
Sem o apoio alemão, as propostas para reformar a Europa do presidente francês Emmanuel Macron dificilmente serão aprovadas.
Mas entre os conservadores e liberais a ideia de um orçamento comum europeu é mal vista e considerada uma tentativa de impor aos alemães o pagamento dos excessos orçamentários dos demais países.
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