Republicanos rejeitam candidato de Trump em primária no Alabama
Washington, 27 Set 2017 (AFP) - O presidente americano, Donald Trump, sofreu um tropeço nesta terça-feira nas primárias para o senado federal no Estado do Alabama, onde seu candidato foi rejeitado pelos republicanos.
Segundo a imprensa local, o senador Luther Strange, apoiado por Trump, foi derrotado pelo magistrado ultraconservador Roy Moore, que recebeu o apoio de Steve Bannon, o assessor do presidente obrigado a entregar seu cargo na Casa Branca em agosto.
Após a apuração de mais da metade dos votos, Moore obtinha 56,7%, contra 43,3% para Strange, senador nomeado temporariamente em fevereiro para ocupar uma cadeira vazia e candidato oficioso do Partido Republicano e dos "caciques" do Congresso.
Paradoxalmente, o ex-assessor estratégico da Presidência Steve Bannon fez campanha contra o candidato do presidente para salvar o "Trumpismo", já que Moore - um herói local da direita religiosa e polêmico magistrado ultraconservador - era o favorito de figuras "trumpistas" como o ex-conselheiro Sebastian Gorka e a ex-candidata à vice-presidência Sarah Palin.
Antecipando a derrota, Trump se questionou se havia tomado a decisão certa: "para ser honesto, provavelmente cometi um erro".
"Se Luther não vencer vão dizer que o presidente dos Estados Unidos não foi capaz de fazer o seu candidato ganhar. É terrível, um terrível momento para Trump".
- A cruzada de Bannon -A disputa foi mais uma batalha de personalidades do que ideológica. Nenhum dos dois candidatos correspondia ao perfil "trumpista" típico, embora ambos defendam o presidente.
Luther Strange é um conservador clássico, político de carreira, que não é rebelde e prometeu lealdade ao magnata republicano. Já Ray Moore reitera que Strange será uma marionete do chefe da maioria no Senado, Mitch McConnell, inimigo declarado de Bannon.
O ex-assessor declarou guerra aos republicanos que, segundo ele, querem manter o status quo e desviar o programa populista de Donald Trump. Para exemplificar, mostra a batalha quase perdida no Congresso de derrogar a lei de cobertura de saúde de Barack Obama, por conta das deserções republicanas, e a resistência ao projeto de construção do muro na fronteira com o México.
"Supõe-se que os partidários fiéis de Trump não o desafiem. Estamos aqui para apoiá-lo. A melhor maneira de conseguir isto é eleger alguém que defenderá o presidente", explicou Bannon à emissora Fox News na noite de segunda.
"As elites me desprezam", disse o novamente coordenador do site Breitbart. "Acham que sou ruim, que sou perigoso. Levo esse desprezo como um símbolo de orgulho. Eles ajudaram a destruir esse país. Cometeram um crime econômico contra os trabalhadores e as trabalhadoras do coração deste país".
Segundo a imprensa local, o senador Luther Strange, apoiado por Trump, foi derrotado pelo magistrado ultraconservador Roy Moore, que recebeu o apoio de Steve Bannon, o assessor do presidente obrigado a entregar seu cargo na Casa Branca em agosto.
Após a apuração de mais da metade dos votos, Moore obtinha 56,7%, contra 43,3% para Strange, senador nomeado temporariamente em fevereiro para ocupar uma cadeira vazia e candidato oficioso do Partido Republicano e dos "caciques" do Congresso.
Paradoxalmente, o ex-assessor estratégico da Presidência Steve Bannon fez campanha contra o candidato do presidente para salvar o "Trumpismo", já que Moore - um herói local da direita religiosa e polêmico magistrado ultraconservador - era o favorito de figuras "trumpistas" como o ex-conselheiro Sebastian Gorka e a ex-candidata à vice-presidência Sarah Palin.
Antecipando a derrota, Trump se questionou se havia tomado a decisão certa: "para ser honesto, provavelmente cometi um erro".
"Se Luther não vencer vão dizer que o presidente dos Estados Unidos não foi capaz de fazer o seu candidato ganhar. É terrível, um terrível momento para Trump".
- A cruzada de Bannon -A disputa foi mais uma batalha de personalidades do que ideológica. Nenhum dos dois candidatos correspondia ao perfil "trumpista" típico, embora ambos defendam o presidente.
Luther Strange é um conservador clássico, político de carreira, que não é rebelde e prometeu lealdade ao magnata republicano. Já Ray Moore reitera que Strange será uma marionete do chefe da maioria no Senado, Mitch McConnell, inimigo declarado de Bannon.
O ex-assessor declarou guerra aos republicanos que, segundo ele, querem manter o status quo e desviar o programa populista de Donald Trump. Para exemplificar, mostra a batalha quase perdida no Congresso de derrogar a lei de cobertura de saúde de Barack Obama, por conta das deserções republicanas, e a resistência ao projeto de construção do muro na fronteira com o México.
"Supõe-se que os partidários fiéis de Trump não o desafiem. Estamos aqui para apoiá-lo. A melhor maneira de conseguir isto é eleger alguém que defenderá o presidente", explicou Bannon à emissora Fox News na noite de segunda.
"As elites me desprezam", disse o novamente coordenador do site Breitbart. "Acham que sou ruim, que sou perigoso. Levo esse desprezo como um símbolo de orgulho. Eles ajudaram a destruir esse país. Cometeram um crime econômico contra os trabalhadores e as trabalhadoras do coração deste país".
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