Ativista argentino Santiago Maldonado morreu por afogamento, diz Justiça
O ativista argentino Santiago Maldonado, desaparecido após uma repressão policial e cujo corpo foi encontrado em um rio da Patagônia 78 dias depois, morreu por afogamento e hipotermia, informou a Justiça argentina nesta sexta-feira (22).
"Os peritos chegaram a uma conclusão por unanimidade estabelecendo como causa da morte afogamento por submersão na água do rio Chubut e, auxiliando isso, hipotermia", disse o juiz Gustavo Lleral em coletiva em Buenos Aires.
Maldonado foi dado como desaparecido em 1º de agosto após uma violenta operação da Gendarmeria (polícia militarizada) no Pu Lof de Cushamen, um assentamento mapuche em terras vendidas ao empresário italiano Luciano Benetton, 1.800 quilômetros a sudoeste de Buenos Aires.
O corpo foi encontrado em 17 de outubro flutuando no rio Chubut, 300 metros acima de onde foi visto pela última vez com vida por mapuches, quando cruzavam o rio para fugir dos gendarmes.
A advogada da família Maldonado, Verónica Heredia, ratificou que a causa "continua sendo desaparecimento forçado seguido de morte".
"Não podemos concluir a data da morte de Santiago. Vamos continuar com nossa hipótese, que é desaparecimento forçado seguido de morte, porque houve violência institucional", disse à imprensa às portas do necrotério, minutos antes da comunicação do juiz da causa.
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