Puigdemont defende eleição para 'ratificar' a vontade de independência da Catalunha
Oostkamp, Bélgica, 25 Nov 2017 (AFP) - As eleições regionais de 21 de dezembro na Catalunha permitirão "ratificar" a vontade dos catalães de viver em um Estado independente, afirmou neste sábado (25), na Bélgica, o presidente destituído desta região, Carles Puigdemont, ao apresentar sua lista eleitoral.
No referendo de autodeterminação organizado pelo governo separatista em 1º de outubro, "nós catalães demonstramos ao mundo que temos a capacidade e a vontade de nos tornarmos um Estado independente e, no dia 21, devemos ratificar essa intenção", afirmou.
Carles Puigdemont lançou assim sua campanha eleitoral a partir de um hotel localizado na periferia de Bruges, no noroeste da Bélgica, onde encontrou refúgio após o fracasso de sua tentativa de declarar a independência da Catalunha.
Puigdemont se exilou com quatro de seus antigos "ministros" na capital da União Europeia, onde está livre, mas sob certas condições. A Justiça belga examina atualmente o mandado de prisão emitido contra ele pela Espanha.
Em 27 de outubro, o Parlamento catalão votou pela independência da Catalunha, declarada de forma unilateral, o que provocou a reação imediata de Madri, que colocou sob tutela a administração da região, provocando uma das piores crises políticas da Espanha desde que o país tornou-se democrático novamente 1978.
Enquanto mais da metade do executivo catalão está sob custódia por "rebelião" e "sedição", os partidos separatistas concordaram em participar das eleições regionais convocadas por Madri para 21 de dezembro.
Na sexta-feira, a Justiça espanhola avançou em sua ofensiva contra os líderes separatistas. O juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo espanhol, acordou "ampliar a investigação" e declarar "sua competência para conhecer a responsabilidade penal do ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, os 13 ex-consellers (conselheiros regionais)".
Igualmente, o magistrado da máxima instância penal espanhola se encarregará de casos que envolvem respectivamente o presidente da associação Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jordi Sánchez, e da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, detidos preventivamente.
A partir dos autos do juiz Llarena, ficam sob investigação do Supremo um total de 22 pessoas em relação aos acontecimentos na Catalunha desde a realização do referendo de independência de 1º de outubro, considerado inconstitucional.
A Catalunha celebrará eleições regionais em 21 de dezembro, nas quais os separatistas voltam a ser apontados como favoritos.
"Estas são as eleições mais importantes da nossa história", disse Carles Puigdemont, que aproveitou a ocasião para atacar a falta de unidade entre os partidos separatistas, que vão se apresentar separadamente nessas eleições.
"Este é o momento da Catalunha, e não dos partidos políticos", afirmou o líder catalão. "Este é o momento da transversalidade e da unidade", continuou, dizendo que seu partido, o PDeCAT, é a força política que melhor conseguiu captar a situação.
A lista de Puigdemont, "Juntos pela Catalunha", inclui membros do PDeCAT e algumas personalidades independentes.
O Partido Popular do primeiro-ministro Mariano Rajoy criticou fortemente este primeiro discurso político de Carles Puigdemont, apontado como um momento "surreal", de acordo com o porta-voz do PP, Esteban Gonzalez Pons.
"Não há nada mais anormal, nada mais surreal, nada mais bizarro", disse ele, citado em um comunicado.
"Puigdemont tornou-se um personagem grotesco (...) Puigdemont não mora em Bruxelas, ele se esconde lá", atacou Pons.
tjc-mla/cls/mr
No referendo de autodeterminação organizado pelo governo separatista em 1º de outubro, "nós catalães demonstramos ao mundo que temos a capacidade e a vontade de nos tornarmos um Estado independente e, no dia 21, devemos ratificar essa intenção", afirmou.
Carles Puigdemont lançou assim sua campanha eleitoral a partir de um hotel localizado na periferia de Bruges, no noroeste da Bélgica, onde encontrou refúgio após o fracasso de sua tentativa de declarar a independência da Catalunha.
Puigdemont se exilou com quatro de seus antigos "ministros" na capital da União Europeia, onde está livre, mas sob certas condições. A Justiça belga examina atualmente o mandado de prisão emitido contra ele pela Espanha.
Em 27 de outubro, o Parlamento catalão votou pela independência da Catalunha, declarada de forma unilateral, o que provocou a reação imediata de Madri, que colocou sob tutela a administração da região, provocando uma das piores crises políticas da Espanha desde que o país tornou-se democrático novamente 1978.
Enquanto mais da metade do executivo catalão está sob custódia por "rebelião" e "sedição", os partidos separatistas concordaram em participar das eleições regionais convocadas por Madri para 21 de dezembro.
Na sexta-feira, a Justiça espanhola avançou em sua ofensiva contra os líderes separatistas. O juiz Pablo Llarena, do Tribunal Supremo espanhol, acordou "ampliar a investigação" e declarar "sua competência para conhecer a responsabilidade penal do ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, os 13 ex-consellers (conselheiros regionais)".
Igualmente, o magistrado da máxima instância penal espanhola se encarregará de casos que envolvem respectivamente o presidente da associação Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jordi Sánchez, e da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, detidos preventivamente.
A partir dos autos do juiz Llarena, ficam sob investigação do Supremo um total de 22 pessoas em relação aos acontecimentos na Catalunha desde a realização do referendo de independência de 1º de outubro, considerado inconstitucional.
A Catalunha celebrará eleições regionais em 21 de dezembro, nas quais os separatistas voltam a ser apontados como favoritos.
"Estas são as eleições mais importantes da nossa história", disse Carles Puigdemont, que aproveitou a ocasião para atacar a falta de unidade entre os partidos separatistas, que vão se apresentar separadamente nessas eleições.
"Este é o momento da Catalunha, e não dos partidos políticos", afirmou o líder catalão. "Este é o momento da transversalidade e da unidade", continuou, dizendo que seu partido, o PDeCAT, é a força política que melhor conseguiu captar a situação.
A lista de Puigdemont, "Juntos pela Catalunha", inclui membros do PDeCAT e algumas personalidades independentes.
O Partido Popular do primeiro-ministro Mariano Rajoy criticou fortemente este primeiro discurso político de Carles Puigdemont, apontado como um momento "surreal", de acordo com o porta-voz do PP, Esteban Gonzalez Pons.
"Não há nada mais anormal, nada mais surreal, nada mais bizarro", disse ele, citado em um comunicado.
"Puigdemont tornou-se um personagem grotesco (...) Puigdemont não mora em Bruxelas, ele se esconde lá", atacou Pons.
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