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Mais de mil militares dos EUA farão patrulhas com afegãos em 2018

28/11/2017 18h39

Washington, 28 Nov 2017 (AFP) - Um forte aumento das tropas dos Estados Unidos que efetuarão patrulhas conjuntas com as forças afegãs fará os talibãs recuarem em 2018, assegurou nesta terça-feira (28) um general americano, que advertiu que "certamente" isto representará um risco maior para os soldados de seu país.

O general John Nicholson, que comanda as forças dos Estados Unidos e da Otan no Afeganistão, disse que "mais de 1.000" assessores dirigirão operações de combate nas linhas de frente durante o próximo ano.

Serão inseridos no nível "kandak" - um termo afegão para denominar batalhões habitualmente de 300 a 400 homens.

Um número inferior de efetivos americanos já tinha cumprido este tipo de tarefas este ano, mas seu número "aumentará radicalmente", disse Nicholson. "Haverá um risco maior, certamente", disse, destacando que os militares seriam apoiados pela Força Aérea.

A iniciativa faz parte da estratégia do presidente Donald Trump para o Afeganistão e a região, anunciada por ele em agosto e que já representou um aumento sensível dos bombardeios aéreos e um incremento de 3.000 militares, aproximadamente.

A estratégia inclui as relações com o Paquistão, país ao qual Trump acusa seriamente de dar refúgio a "agentes do caos". O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, também afirmou que muitos extremistas têm ali um santuário.

Embora tenha reconhecido que os paquistaneses "estiveram envolvidos" em duros combates contra o extremismo em seu próprio país", Nicholson disse que não tinha visto mudanças significativas de Islamabad.

Membros da rede Haqqani, vinculada aos talibãs afegãos, ainda se escondem do lado paquistanês da fronteira com o Afeganistão, acrescentou.