França muda trecho da oração 'Pai Nosso'
Paris, 29 Nov 2017 (AFP) - Os fiéis na França começarão a rezar uma nova versão do "Pai Nosso" a partir de domingo, após a modificação de uma frase que sugere que os pecadores são tentados por Deus.
A frase "não nos submeteis à tentação", como aparece atualmente na versão em francês desta oração, será substituída a partir deste fim de semana por "não nos deixeis cair em tentação", como em português, o que transfere a carga do pecado aos homens.
A versão atual da oração em francês foi adotada em 1966, como resultado de um compromisso ecumênico após o Concílio Vaticano II, e nunca foi unânime.
Pode Deus submeter seus filhos à tentação, um domínio reservado ao diabo? O teólogo protestante Jacques Ellul considerava esta tese absurda, enquanto outros, especialmente católicos, a consideravam quase blasfematória.
"A tradução não era errônea, mas a interpretação era ambígua", comentou o monsenhor Guy de Kerimel, presidente da comissão episcopal para a liturgia na Conferência de Bispos da França (CEF).
Mas a nova versão também gerou críticas. Para o Conselho Nacional de Evangélicos da França (CNEF), o novo texto elimina a ideia de que o Criador "seria responsável pela tentação, mas solapa a soberania de Deus".
A Igreja espera que esta mudança seja uma "ocasião para que os cristãos se reapropriem" do Pai Nosso.
bur-meb/mb/db
A frase "não nos submeteis à tentação", como aparece atualmente na versão em francês desta oração, será substituída a partir deste fim de semana por "não nos deixeis cair em tentação", como em português, o que transfere a carga do pecado aos homens.
A versão atual da oração em francês foi adotada em 1966, como resultado de um compromisso ecumênico após o Concílio Vaticano II, e nunca foi unânime.
Pode Deus submeter seus filhos à tentação, um domínio reservado ao diabo? O teólogo protestante Jacques Ellul considerava esta tese absurda, enquanto outros, especialmente católicos, a consideravam quase blasfematória.
"A tradução não era errônea, mas a interpretação era ambígua", comentou o monsenhor Guy de Kerimel, presidente da comissão episcopal para a liturgia na Conferência de Bispos da França (CEF).
Mas a nova versão também gerou críticas. Para o Conselho Nacional de Evangélicos da França (CNEF), o novo texto elimina a ideia de que o Criador "seria responsável pela tentação, mas solapa a soberania de Deus".
A Igreja espera que esta mudança seja uma "ocasião para que os cristãos se reapropriem" do Pai Nosso.
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