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ELN se diz disposto a pactuar cessar-fogo na Colômbia, após suspensão de diálogos

O presidente colombiano visita policiais feridos em atentado do ELN - Jose Torres/AFP
O presidente colombiano visita policiais feridos em atentado do ELN Imagem: Jose Torres/AFP

30/01/2018 17h59

O ELN pediu nesta terça-feira (30) ao governo colombiano para pactuar um novo cessar-fogo, diante da suspensão dos diálogos de paz, ordenada pelo presidente Juan Manuel Santos, em repúdio a atentados lançados pela guerrilha nos últimos tempos.

A organização "espera que o governo compareça ao encontro de amanhã, quarta-feira, 31, em Quito, para reiniciar as conversas e fruto delas, pactuar um novo e melhor cessar-fogo bilateral", destacou em um comunicado o chefe de negociações, Pablo Beltrán.

Sem se referir diretamente aos ataques deste final de semana a três postos policiais no norte da Colômbia, que deixaram sete policiais mortos e dezenas de feridos, os rebeldes afirmaram que "estão respondendo a ofensiva militar" ordenada pelo governo.

Os ataques levaram o presidente Santos a congelar na segunda-feira (29) os diálogos de paz celebrados em Quito há um ano.

As negociações estavam suspensas desde que chegou ao fim, em 10 de janeiro, a primeira trégua bilateral, e o grupo guevarista retomou seus ataques contra a força pública e a infraestrutura petroleira. Desde então recrudesceu o enfrentamento entre as partes.

Em seu comunicado, o primeiro desde o ocorrido no final de semana, a guerrilha assegura que continua apostando em "baixar a intensidade do conflito pactuando um novo cessar-fogo".

Com sua vontade de assinar a paz com o ELN, última guerrilha ativa do país, Santos busca superar uma guerra de mais de meio século, após a assinatura, em novembro de 2016 de um acordo de paz entre seu governo e as comunistas FARC, já desarmadas e transformadas no partido político.