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EUA: lista de empresas ligadas a colônias israelenses é perda de tempo

01/02/2018 06h03

Nações Unidas, Estados Unidos, 1 Fev 2018 (AFP) - A embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, criticou na quarta-feira o relatório da ONU sobre 206 empresas ligadas às colônias israelenses como uma "perda de tempo e de recursos" que revela "uma obsessão anti-israelense".

O relatório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos não cita as empresas, mas abre o caminho para integrem uma "lista negra" que Israel teme que vire objeto de um boicote internacional.

"Todo este assunto está fora das competências do Alto Comissariado para os Direitos Humanos e é uma perda de tempo e de recursos", afirmou Haley em um comunicado.

O relatório foi uma resposta a uma resolução aprovada em 2016 pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para criar uma base de dados de todas as empresas que fazem negócios com os assentamentos israelenses, que a ONU considera ilegais sob o direito internacional.

"Enquanto percebemos que de modo inteligente se evita mencionar as empresas individualmente, o fato do relatório ter sido divulgado constitui outra recordação da obsessão anti-israelense do Conselho, algo que os Estados Unidos continuarão rejeitando com firmeza, ao mesmo tempo que vamos apresentar propostas para as reformas necessárias a este organismo da ONU", completou.

O embaixador de Israel na ONU chamou o relatório de "ato vergonhoso que deixará para sempre uma mancha no Conselho de Direitos Humanos da ONU".

As colônias israelenses são consideradas um importante obstáculo para alcançar um acordo de paz porque são construídas em terras que os palestinos consideram parte de seu futuro Estado.

Mais de 600.000 colonos israelenses vivem na Cisjordânia e na anexada parte leste de Jerusalém, em uma perigosa proximidade com quase três milhões de palestinos.