Discrição e reserva marcam nova rodada de negociações de Mercosul e UE
Asunción, 21 Fev 2018 (AFP) - O chanceler do Paraguai, Eladio Loizaga, representando o Mercosul, e a italiana Sandra Gallina, pela União Europeia, iniciaram formalmente, nesta quarta-feira (21) as negociações para superar desavenças persistentes e alcançar um acordo de livre-comércio.
"Ambas as partes juramos uma espécie de fidelidade e não pensamos em fazer declarações até o fim do processo de negociações, que se estenderá até 2 de março, salvo se houve autorização superior", disse à AFP o porta-voz do Mercosul, Luis Fernando Avalos.
Mais de cem técnicos de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e da UE começaram a deliberar na sede do Comitê Olímpico Paraguaio, nas redondezas do aeroporto internacional de Assunção.
- 'Queremos o acordo' -"Queremos o acordo e estamos comprometidos a buscá-lo com a maior seriedade e profissionalismo", afirmou Avalos, que é vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do Paraguai.
O funcionário disse que participam das negociações uma média de 30 a 40 pessoas por delegação, cerca de 150 ao todo, número que reflete a dimensão do interesse dos blocos para fechar as negociações, iniciadas há quase 20 anos.
O ambiente de cooperação para as deliberações em Assunção "é ótimo", disse Avalos.
Ele admitiu que ainda há assuntos sensíveis no setor industrial, como a indústria automotiva, que afeta especialmente ao Brasil. "A intenção é avançar e chegar o mais longe possível", resumiu.
Um dos nós da negociação é a abertura do mercado europeu à carne do bloco sul-americano.
A questão despertou protestos e revoltas em vários países da UE, especialmente na França, onde centenas de agricultores foram às ruas e estradas com vacas e tratores em rechaço ao acordo com o Mercosul.
- Entrave agropecuário -O Mercosul atribui o entrave agropecuário, que inclui o etanol, ao protecionismo europeu. Avalos disse que foram feitos avanços neste tema.
"Ainda não se alcançou o nível ótimo que se pretende, mas muitos obstáculos foram superados", apontou.
Ele fez elogios às concessões da UE, "como a última a oferta que elevou de 70 mil a 99 mil toneladas a carne bovina e ofereceu outras coisas".
Em termos técnicos, ele destacou que cada produto em negociação "tem uma particularidade que precisa de um maior ajuste para que os montantes e as cotas sejam equivalentes às condições de comercialização".
O chanceler reiterou que a abertura do mercado automotivo tem grande importância. "O setor representa um comércio importante em ambos os blocos. Busca-se um ponto de equilíbrio que permita a comercialização em condições vantajosas", afirmou.
"A principal preocupação é que uma redução dos impostos sobre a indústria automobilística afete a mão de obra", destacou.
Ao concluir as negociações de 2 de março, o ministro paraguaio de Relações Exteriores será o encarregado de anunciar se houve, ou não, acordo.
"Ambas as partes juramos uma espécie de fidelidade e não pensamos em fazer declarações até o fim do processo de negociações, que se estenderá até 2 de março, salvo se houve autorização superior", disse à AFP o porta-voz do Mercosul, Luis Fernando Avalos.
Mais de cem técnicos de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e da UE começaram a deliberar na sede do Comitê Olímpico Paraguaio, nas redondezas do aeroporto internacional de Assunção.
- 'Queremos o acordo' -"Queremos o acordo e estamos comprometidos a buscá-lo com a maior seriedade e profissionalismo", afirmou Avalos, que é vice-ministro de Relações Econômicas e Integração do Paraguai.
O funcionário disse que participam das negociações uma média de 30 a 40 pessoas por delegação, cerca de 150 ao todo, número que reflete a dimensão do interesse dos blocos para fechar as negociações, iniciadas há quase 20 anos.
O ambiente de cooperação para as deliberações em Assunção "é ótimo", disse Avalos.
Ele admitiu que ainda há assuntos sensíveis no setor industrial, como a indústria automotiva, que afeta especialmente ao Brasil. "A intenção é avançar e chegar o mais longe possível", resumiu.
Um dos nós da negociação é a abertura do mercado europeu à carne do bloco sul-americano.
A questão despertou protestos e revoltas em vários países da UE, especialmente na França, onde centenas de agricultores foram às ruas e estradas com vacas e tratores em rechaço ao acordo com o Mercosul.
- Entrave agropecuário -O Mercosul atribui o entrave agropecuário, que inclui o etanol, ao protecionismo europeu. Avalos disse que foram feitos avanços neste tema.
"Ainda não se alcançou o nível ótimo que se pretende, mas muitos obstáculos foram superados", apontou.
Ele fez elogios às concessões da UE, "como a última a oferta que elevou de 70 mil a 99 mil toneladas a carne bovina e ofereceu outras coisas".
Em termos técnicos, ele destacou que cada produto em negociação "tem uma particularidade que precisa de um maior ajuste para que os montantes e as cotas sejam equivalentes às condições de comercialização".
O chanceler reiterou que a abertura do mercado automotivo tem grande importância. "O setor representa um comércio importante em ambos os blocos. Busca-se um ponto de equilíbrio que permita a comercialização em condições vantajosas", afirmou.
"A principal preocupação é que uma redução dos impostos sobre a indústria automobilística afete a mão de obra", destacou.
Ao concluir as negociações de 2 de março, o ministro paraguaio de Relações Exteriores será o encarregado de anunciar se houve, ou não, acordo.
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