Operação desmantela rede que traficava cocaína para Rússia
Buenos Aires, 22 Fev 2018 (AFP) - Uma investigação secreta conjunta entre Argentina e Rússia permitiu apreender 389 quilos de cocaína, avaliados em 50 milhões de euros, escondidos em 16 malas em um anexo da embaixada russa em Buenos Aires, informou o governo argentino nesta quinta-feira (22).
"Trata-se de uma facção narcocriminosa que estava tentado usar o correio diplomático da embaixada russa" para levar a droga à Europa, explicou em coletiva de imprensa a ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Cinco pessoas foram detidas - duas na Argentina e três na Rússia - ao fim da investigação que durou mais de um ano.
Segundo a ministra, trata-se de uma das operações "mais complexas, extravagantes e profissionais que a Argentina já teve em questão de tráfico de drogas".
A droga foi encontrada em um anexo da legação diplomática após a investigação gerada pela denúncia do embaixador russo na Argentina, Viktor Koronelli.
Segundo o relato de Bullrich, em 13 de dezembro de 2016 o embaixador Koronelli ligou para ela e logo depois se apresentou pessoalmente com três membros do Serviço de Segurança russo para comunicar suas suspeitas.
A investigação teve início quando o juiz Julián Ercolini emitiu a ordem.
"O embaixador nos entregou uma chave para entrarem pela lateral. Tiraram as malas às 03h00, mas tinham que colocá-las de volta antes das 06h00, quando chegava a equipe de ordenança do local", contou Bullrich.
"Às 03h00 tivemos que mandar a equipe da Gendarmeria para comprar farinha no mercado central porque ninguém tinha 389 quilos de farinha em depósito", continuou.
Os pacotes de cocaína foram substituídos por outros idênticos com farinha e as malas eram monitoradas 24 horas.
Depois que os traficantes tentaram diferentes rotas de navegação que não deram certo, em dezembro de 2017 as malas partiram em um avião oficial para a Rússia no compartimento de bagagem diplomática, como parte da mudança de Ali Abyanov, ex-funcionário da embaixada e um dos os detidos.
Na chegada a Moscou, as malas foram colocadas no Ministério do Interior até que duas pessoas, Ishtimir Khudzhmov e Vladimir Kalmykov, apareceram para pegá-las e foram detidas.
"Esta carga representa cerca de 50 milhões de euros, avaliada no mercado de vendas de cocaína na Rússia", afirmou.
Os detidos na Argentina são dois, Ivan Blizniouk e Alexander Chikalo, o primeiro deles argentino nacionalizado na Rússia e desde 2013 membro da Polícia de Buenos Aires, disse Bullrich.
"Trata-se de uma facção narcocriminosa que estava tentado usar o correio diplomático da embaixada russa" para levar a droga à Europa, explicou em coletiva de imprensa a ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
Cinco pessoas foram detidas - duas na Argentina e três na Rússia - ao fim da investigação que durou mais de um ano.
Segundo a ministra, trata-se de uma das operações "mais complexas, extravagantes e profissionais que a Argentina já teve em questão de tráfico de drogas".
A droga foi encontrada em um anexo da legação diplomática após a investigação gerada pela denúncia do embaixador russo na Argentina, Viktor Koronelli.
Segundo o relato de Bullrich, em 13 de dezembro de 2016 o embaixador Koronelli ligou para ela e logo depois se apresentou pessoalmente com três membros do Serviço de Segurança russo para comunicar suas suspeitas.
A investigação teve início quando o juiz Julián Ercolini emitiu a ordem.
"O embaixador nos entregou uma chave para entrarem pela lateral. Tiraram as malas às 03h00, mas tinham que colocá-las de volta antes das 06h00, quando chegava a equipe de ordenança do local", contou Bullrich.
"Às 03h00 tivemos que mandar a equipe da Gendarmeria para comprar farinha no mercado central porque ninguém tinha 389 quilos de farinha em depósito", continuou.
Os pacotes de cocaína foram substituídos por outros idênticos com farinha e as malas eram monitoradas 24 horas.
Depois que os traficantes tentaram diferentes rotas de navegação que não deram certo, em dezembro de 2017 as malas partiram em um avião oficial para a Rússia no compartimento de bagagem diplomática, como parte da mudança de Ali Abyanov, ex-funcionário da embaixada e um dos os detidos.
Na chegada a Moscou, as malas foram colocadas no Ministério do Interior até que duas pessoas, Ishtimir Khudzhmov e Vladimir Kalmykov, apareceram para pegá-las e foram detidas.
"Esta carga representa cerca de 50 milhões de euros, avaliada no mercado de vendas de cocaína na Rússia", afirmou.
Os detidos na Argentina são dois, Ivan Blizniouk e Alexander Chikalo, o primeiro deles argentino nacionalizado na Rússia e desde 2013 membro da Polícia de Buenos Aires, disse Bullrich.
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