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Colômbia extradita aos EUA o "Pablo Escobar" do Equador

Foto de arquivo do equatoriano Washington Prado (ao centro), sendo escolado por policiais em Bogotá, na Colômbia - Raul Arboleda/AFP
Foto de arquivo do equatoriano Washington Prado (ao centro), sendo escolado por policiais em Bogotá, na Colômbia Imagem: Raul Arboleda/AFP

Em Bogotá

24/02/2018 12h56

A Colômbia extraditou neste sábado (24) para os Estados Unidos o criminoso Washington Prado, importante chefe do narcotráfico apontado como o "Pablo Escobar do Equador", informou o Ministério Público.

Equatoriano de 36 anos, Prado, também conhecido como "Gerard", foi capturado em abril de 2017 na Colômbia.

Nos Estados Unidos, para onde foi enviado ao amanhecer sob um forte esquema de segurança, deve responder pelo envio de mais de "250 toneladas de cocaína" pela rota do Pacífico, de acordo com o Ministério Público colombiano.

O chefe da máfia equatoriana tentou evitar sua extradição, apresentando-se como um guerrilheiro desmobilizado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Essa organização, que durante meio século lutou contra o Estado colombiano, depôs as armas no ano passado e tornou-se um partido político depois de assinar um acordo de paz.

O pacto impede a entrega aos Estados Unidos dos rebeldes envolvidos com narcotráfico, em troca do pagamento de indenizações às vítimas.

As autoridades comparam Prado a Pablo Escobar, chefe criminoso morto na década de 1990, por seu poder no negócio de drogas no Equador, um país de trânsito da cocaína produzida na Colômbia.

Este homem, que estava preso em uma prisão de segurança máxima em Bogotá, "é considerado um dos maiores capos dos últimos tempos e tornou-se um importante alvo para os Estados Unidos", segundo o organismo.

Ele também está ligado ao pagamento de subornos e homicídios de promotores e investigadores no Equador.