Eurodeputados pedem investigação sobre ascensão de braço-direito de Juncker
Bruxelas, 27 Fev 2018 (AFP) - Eurodeputados pediram nesta terça-feira (27) a abertura de uma investigação sobre a controversa nomeação de Martin Selmayr, chefe de gabinete do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ao cargo-chave de secretário-geral do braço executivo da UE.
Os grupos ambientalista e da esquerda radical reivindicam em uma carta enviada aos outros grupos do Parlamento Europeu a abertura de uma "investigação oficial" por parte da comissão de Controle Orçamentário sobre esta nomeação.
"Existem sérias preocupações com respeito à correta aplicação das regras de procedimento", escreveram em um e-mail Bart Staes e Dennis de Jong, porta-vozes dos dois grupos respectivamente, para os quais o procedimento transcorreu de "forma bastante obscura e rápida".
Os dois grupos se perguntam se o alemão Selmayr, poderoso braço-direito de Juncker, pulou etapas ao ser nomeado secretário-geral em 21 de fevereiro, o mais alto cargo de funcionário público na Comissão Europeia, o qual assumiria em 1º de março.
As perguntas sobre esta inesperada nomeação provocaram dois dias de longos interrogatórios ao porta-voz da Comissão Europeia, Alexander Winterstein, por parte de jornalistas durante a coletiva de imprensa diária.
Este último, que chegou inclusive a chamar um jornalista de "Robespierre" e comparou outros profissionais de imprensa com crianças, não chegou a dissipar por completo as dúvidas sobre esta promoção, mais de um ano antes do fim do mandato de Juncker, que reivindicou transparência durante sua campanha.
Segundo Winterstein, Selmayr, de 47 anos, "poderia ter sido transferido diretamente" de seu cargo atual para o de secretário-geral. Mas "escolheu submeter-se a um processo de seleção completo e exigente", acrescentou.
No fim de janeiro, o funcionário alemão se candidatou ao posto vago de secretário-geral da Comissão, que conseguiu em 21 de fevereiro, após vários dias de um processo no qual enfrentou um único concorrente, cujo nome não foi revelado.
No mesmo dia, o atual secretário-geral da Comissão, Alexander Italianer, apresentou sua demissão e Juncker propôs, então, aos comissários que Selmayr assumisse o cargo, o que foi aceito por unanimidade, segundo o porta-voz da Comissão.
Minutos depois, o presidente do braço executivo da União Europeia convocou uma coletiva para anunciar a nomeação.
Os grupos ambientalista e da esquerda radical reivindicam em uma carta enviada aos outros grupos do Parlamento Europeu a abertura de uma "investigação oficial" por parte da comissão de Controle Orçamentário sobre esta nomeação.
"Existem sérias preocupações com respeito à correta aplicação das regras de procedimento", escreveram em um e-mail Bart Staes e Dennis de Jong, porta-vozes dos dois grupos respectivamente, para os quais o procedimento transcorreu de "forma bastante obscura e rápida".
Os dois grupos se perguntam se o alemão Selmayr, poderoso braço-direito de Juncker, pulou etapas ao ser nomeado secretário-geral em 21 de fevereiro, o mais alto cargo de funcionário público na Comissão Europeia, o qual assumiria em 1º de março.
As perguntas sobre esta inesperada nomeação provocaram dois dias de longos interrogatórios ao porta-voz da Comissão Europeia, Alexander Winterstein, por parte de jornalistas durante a coletiva de imprensa diária.
Este último, que chegou inclusive a chamar um jornalista de "Robespierre" e comparou outros profissionais de imprensa com crianças, não chegou a dissipar por completo as dúvidas sobre esta promoção, mais de um ano antes do fim do mandato de Juncker, que reivindicou transparência durante sua campanha.
Segundo Winterstein, Selmayr, de 47 anos, "poderia ter sido transferido diretamente" de seu cargo atual para o de secretário-geral. Mas "escolheu submeter-se a um processo de seleção completo e exigente", acrescentou.
No fim de janeiro, o funcionário alemão se candidatou ao posto vago de secretário-geral da Comissão, que conseguiu em 21 de fevereiro, após vários dias de um processo no qual enfrentou um único concorrente, cujo nome não foi revelado.
No mesmo dia, o atual secretário-geral da Comissão, Alexander Italianer, apresentou sua demissão e Juncker propôs, então, aos comissários que Selmayr assumisse o cargo, o que foi aceito por unanimidade, segundo o porta-voz da Comissão.
Minutos depois, o presidente do braço executivo da União Europeia convocou uma coletiva para anunciar a nomeação.
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