Trump faz duras críticas a seu secretário de Justiça
Washington, 28 Fev 2018 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atacou ferozmente seu secretário de Justiça e procurador-geral, Jeff Sessions, nesta quarta-feira (28), qualificando de "vergonhoso" seu manejo das acusações de interceptação ilegal de telefones da Casa Branca.
Foi o segundo tuíte crítico de Trump contra Sessions em uma semana, que supostamente apresentou sua renúncia ao menos uma vez no ano passado depois de outras ofensas do presidente.
Desta vez, Trump questionou o procurador-geral por pedir a um organismo de controle interno que investigasse as afirmações dos republicanos sobre um eventual comportamento inapropriado de agentes do FBI.
Os republicanos demandaram investigar a pertinência das ordens de segurança nacional emitidas sob a lei de vigilância de Inteligência estrangeira (FISA, em inglês) em 2016, quando Barack Obama era presidente, para interceptar os membros da equipe da campanha eleitoral de Trump por seus contatos com a Rússia.
Na terça-feira, Sessions disse que havia ordenado ao inspetor-geral do Departamento de Justiça que analisasse se houve abuso do secreto processo das ordens FISA.
"Por que Jeff Sessions pede ao inspetor-geral para investigar possíveis abusos relacionados à FISA?", tuitou Trump. "Isso não vai ter fim, não tem poder processual".
"O inspetor-geral não foi nomeado por Obama? Por que não recorrer a juristas do Departamento de Justiça? VERGONHOSO!".
- Sessions responde -Em um breve comunicado, o secretário de Justiça reagiu firmemente, destacando, sem mencionar diretamente o tuíte do presidente, que era o procedimento adequado.
"Este Departamento continuará fazendo seu trabalho de maneira justa e imparcial, respeitando a lei e a Constituição", disse, em um surpreendente diálogo público entre os dois.
Mas as críticas de Trump foram uma lembrança das discordâncias do presidente com seu procurador-geral há quase um ano.
Em março, Sessions, alegando que havia sido membro da campanha de Trump, se recusou a supervisionar a investigação sobre um possível conluio da equipe do magnata com funcionários russos nas eleições de 2016, o que enfureceu o presidente.
Estas explosões de Trump ocorrem enquanto essa investigação, dirigida pelo procurador especial independente Robert Mueller, se concentra cada vez mais no círculo interno do presidente e possivelmente no próprio Trump.
Na semana passada, o presidente americano lançou contra Sessions sobre o rumo da investigação.
"Pergunta: se toda a intromissão russa aconteceu durante a administração de Obama, até 20 de janeiro, por que eles não são objeto da investigação?", escreveu. "Por que não estão investigando os crimes dos democratas? Perguntem a Jeff Sessions!", tuitou Trump.
- 'Idiota' -O ex-senador do Alabama, de 71 anos, se somou desde o início à campanha de Trump em 2016.
Conservador e metódico, Sessions tem sido um firme defensor das principais políticas do governo de Trump, desde as enérgicas medidas contra a imigração ilegal, o crime violento de gangues e o tráfico de drogas, até a nomeação de juízes e procuradores conservadores em todo o sistema judiciário.
Mas Trump costuma criticar Sesions com relação ao trabalho de Mueller, que também está analisando se o presidente obstruiu a investigação sobre o caso russo.
O ex-chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, disse que teve que convencer Sessions ao menos uma vez no ano passado a não renunciar, e o resgatou de ser demitido em outras duas ocasiões.
Priebus disse ao escritor Chris Whipple em seu livro "The Gatekeepers: How the White House Chiefs of Staff Define Every Presidency" que Sessions apresentou sua renúncia em maio de 2017, depois que Trump o chamou de "idiota" no Salão Oval logo após a nomeação de Mueller.
Priebus e o vice-presidente, Mike Pence, convenceram Sessions a ficar e persuadiram Trump para que rejeitasse a carta de renúncia, segundo um trecho publicado na Vanity Fair.
Dois meses depois, segundo Priebus, Trump, frustrado com a investigação de Mueller, teve que ser convencido a não demitir Sessions, a quem chamou de "fraco".
Sessions, que não conta com os democratas, obteve, no entanto, seu apoio nesta quarta-feira por conta da tensa relação com Trump.
"O fato de que uma investigação independente seja um problema para ele (presidente) resume sua falta de compreensão sobre como se supõe que deva funcionar a aplicação da lei nos Estados Unidos", declarou o senador Pat Leahy, um peso-pesado da oposição.
Foi o segundo tuíte crítico de Trump contra Sessions em uma semana, que supostamente apresentou sua renúncia ao menos uma vez no ano passado depois de outras ofensas do presidente.
Desta vez, Trump questionou o procurador-geral por pedir a um organismo de controle interno que investigasse as afirmações dos republicanos sobre um eventual comportamento inapropriado de agentes do FBI.
Os republicanos demandaram investigar a pertinência das ordens de segurança nacional emitidas sob a lei de vigilância de Inteligência estrangeira (FISA, em inglês) em 2016, quando Barack Obama era presidente, para interceptar os membros da equipe da campanha eleitoral de Trump por seus contatos com a Rússia.
Na terça-feira, Sessions disse que havia ordenado ao inspetor-geral do Departamento de Justiça que analisasse se houve abuso do secreto processo das ordens FISA.
"Por que Jeff Sessions pede ao inspetor-geral para investigar possíveis abusos relacionados à FISA?", tuitou Trump. "Isso não vai ter fim, não tem poder processual".
"O inspetor-geral não foi nomeado por Obama? Por que não recorrer a juristas do Departamento de Justiça? VERGONHOSO!".
- Sessions responde -Em um breve comunicado, o secretário de Justiça reagiu firmemente, destacando, sem mencionar diretamente o tuíte do presidente, que era o procedimento adequado.
"Este Departamento continuará fazendo seu trabalho de maneira justa e imparcial, respeitando a lei e a Constituição", disse, em um surpreendente diálogo público entre os dois.
Mas as críticas de Trump foram uma lembrança das discordâncias do presidente com seu procurador-geral há quase um ano.
Em março, Sessions, alegando que havia sido membro da campanha de Trump, se recusou a supervisionar a investigação sobre um possível conluio da equipe do magnata com funcionários russos nas eleições de 2016, o que enfureceu o presidente.
Estas explosões de Trump ocorrem enquanto essa investigação, dirigida pelo procurador especial independente Robert Mueller, se concentra cada vez mais no círculo interno do presidente e possivelmente no próprio Trump.
Na semana passada, o presidente americano lançou contra Sessions sobre o rumo da investigação.
"Pergunta: se toda a intromissão russa aconteceu durante a administração de Obama, até 20 de janeiro, por que eles não são objeto da investigação?", escreveu. "Por que não estão investigando os crimes dos democratas? Perguntem a Jeff Sessions!", tuitou Trump.
- 'Idiota' -O ex-senador do Alabama, de 71 anos, se somou desde o início à campanha de Trump em 2016.
Conservador e metódico, Sessions tem sido um firme defensor das principais políticas do governo de Trump, desde as enérgicas medidas contra a imigração ilegal, o crime violento de gangues e o tráfico de drogas, até a nomeação de juízes e procuradores conservadores em todo o sistema judiciário.
Mas Trump costuma criticar Sesions com relação ao trabalho de Mueller, que também está analisando se o presidente obstruiu a investigação sobre o caso russo.
O ex-chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, disse que teve que convencer Sessions ao menos uma vez no ano passado a não renunciar, e o resgatou de ser demitido em outras duas ocasiões.
Priebus disse ao escritor Chris Whipple em seu livro "The Gatekeepers: How the White House Chiefs of Staff Define Every Presidency" que Sessions apresentou sua renúncia em maio de 2017, depois que Trump o chamou de "idiota" no Salão Oval logo após a nomeação de Mueller.
Priebus e o vice-presidente, Mike Pence, convenceram Sessions a ficar e persuadiram Trump para que rejeitasse a carta de renúncia, segundo um trecho publicado na Vanity Fair.
Dois meses depois, segundo Priebus, Trump, frustrado com a investigação de Mueller, teve que ser convencido a não demitir Sessions, a quem chamou de "fraco".
Sessions, que não conta com os democratas, obteve, no entanto, seu apoio nesta quarta-feira por conta da tensa relação com Trump.
"O fato de que uma investigação independente seja um problema para ele (presidente) resume sua falta de compreensão sobre como se supõe que deva funcionar a aplicação da lei nos Estados Unidos", declarou o senador Pat Leahy, um peso-pesado da oposição.
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