Egípcios comparece às urnas para eleições com Al-Sissi como claro favorito
Cairo, 26 Mar 2018 (AFP) - Os egípcios começaram a votar nesta segunda-feira, o primeiro dos três dias das eleições presidenciais, com o atual chefe de Estado, Abdel Fatah Al-Sissi como claro favorito para obter um segundo mandato de quatro anos.
Os quase 60 milhões de eleitores do país de maior população do mundo árabe começaram a votar às 9H00 (4H00 de Brasília) e têm prazo até quarta-feira para escolher entre Al-Sissi e seu único adversário, Musa Mostafa Musa, um político desconhecido e ligado ao presidente.
Em um país que enfrenta atentados jihadistas desde 2013 e onde o grupo Estado Islâmico (EI) prometeu atacar locais vinculados às eleições, a votação é acompanha por um grande esquema de segurança.
O exército mobilizou tanques em vários pontos do Cairo. No sábado, dois policiais foram mortos em um atentado em Alexandria, a segunda maior cidade do país.
Os resultados oficiais devem ser anunciados apenas em 2 de abril.
- Culto à personalidade -Os egípcios devem escolher entre Al-Sissi, de 63 anos e grande favorito, e Mostafa Musa, 65 anos, o único rival, mas um simpatizante declarado do presidente.
Depois que outros potenciais candidatos foram vetados, detidos ou convencidos a não concorrer, Mostafa Musa entrou na disputa para evitar que Al-Sissi acabasse como candidato único, mas ele nega ser uma "marionete" do presidente.
Líder do minúsculo partido liberal Al-Ghad, Musa tem poucas possibilidades de receber um número significativo de votos.
Em 2014, Abdel Fatah Al-Sissi também enfrentou apenas um adversário Hamdeen Sabbahi, um conhecido político de esquerda. O presidente recebeu 96,9% dos votos.
Em uma entrevista na semana passada, o presidente afirmou que o fato de não ter rivais competitivos nas eleições não era culpa dele.
"Gostaria que estivessem presentes um, dois, três ou 10 dos melhores candidatos", afirmou.
Neste contexto, o dado mais importante das eleições deste ano será a taxa de participação, algo que pode legitimar uma reeleição.
Na votação de 2014, o índice de participação chegou a 37% após dois dias de eleições. As autoridades decidiram prolongar o pleito por mais um dia e a taxa chegou a 47,5%.
Durante a campanha, Al-Sissi apareceu em vários eventos, que receberam grande cobertura da imprensa.
As cidades, especialmente Cairo, foram inundadas por fogos de Al-Sissi, em um verdadeiro culto à personalidade. Mostafa Musa apareceu em poucos cartazes.
Vários apoiadores do presidente o consideram o principal responsável pelo retorno da calma ao país, após a revolução de 2011 que expulsou do poder o presidente Hosni Mubarak.
Em 2016, o governo iniciou um ambicioso mas doloroso programa de reformas, com a desvalorização da moeda e a redução dos subsídios estatais, o que provocou a disparada dos preços.
Na segurança, o país foi abalado por vários atentados jihadistas desde 2013, depois que o exército - que época era comandado por Al-Sissi - derrubou o islamita Mohamed Mursi, primeiro presidente egípcio eleito democraticamente, mas que rapidamente se tornou impopular.
Quinto presidente egípcio procedente do exército desde o fim da monarquia em 1952, Al-Sissi comanda o país com grande rigidez e liderou uma repressão implacável da oposição islamita, liberal e laica.
Os quase 60 milhões de eleitores do país de maior população do mundo árabe começaram a votar às 9H00 (4H00 de Brasília) e têm prazo até quarta-feira para escolher entre Al-Sissi e seu único adversário, Musa Mostafa Musa, um político desconhecido e ligado ao presidente.
Em um país que enfrenta atentados jihadistas desde 2013 e onde o grupo Estado Islâmico (EI) prometeu atacar locais vinculados às eleições, a votação é acompanha por um grande esquema de segurança.
O exército mobilizou tanques em vários pontos do Cairo. No sábado, dois policiais foram mortos em um atentado em Alexandria, a segunda maior cidade do país.
Os resultados oficiais devem ser anunciados apenas em 2 de abril.
- Culto à personalidade -Os egípcios devem escolher entre Al-Sissi, de 63 anos e grande favorito, e Mostafa Musa, 65 anos, o único rival, mas um simpatizante declarado do presidente.
Depois que outros potenciais candidatos foram vetados, detidos ou convencidos a não concorrer, Mostafa Musa entrou na disputa para evitar que Al-Sissi acabasse como candidato único, mas ele nega ser uma "marionete" do presidente.
Líder do minúsculo partido liberal Al-Ghad, Musa tem poucas possibilidades de receber um número significativo de votos.
Em 2014, Abdel Fatah Al-Sissi também enfrentou apenas um adversário Hamdeen Sabbahi, um conhecido político de esquerda. O presidente recebeu 96,9% dos votos.
Em uma entrevista na semana passada, o presidente afirmou que o fato de não ter rivais competitivos nas eleições não era culpa dele.
"Gostaria que estivessem presentes um, dois, três ou 10 dos melhores candidatos", afirmou.
Neste contexto, o dado mais importante das eleições deste ano será a taxa de participação, algo que pode legitimar uma reeleição.
Na votação de 2014, o índice de participação chegou a 37% após dois dias de eleições. As autoridades decidiram prolongar o pleito por mais um dia e a taxa chegou a 47,5%.
Durante a campanha, Al-Sissi apareceu em vários eventos, que receberam grande cobertura da imprensa.
As cidades, especialmente Cairo, foram inundadas por fogos de Al-Sissi, em um verdadeiro culto à personalidade. Mostafa Musa apareceu em poucos cartazes.
Vários apoiadores do presidente o consideram o principal responsável pelo retorno da calma ao país, após a revolução de 2011 que expulsou do poder o presidente Hosni Mubarak.
Em 2016, o governo iniciou um ambicioso mas doloroso programa de reformas, com a desvalorização da moeda e a redução dos subsídios estatais, o que provocou a disparada dos preços.
Na segurança, o país foi abalado por vários atentados jihadistas desde 2013, depois que o exército - que época era comandado por Al-Sissi - derrubou o islamita Mohamed Mursi, primeiro presidente egípcio eleito democraticamente, mas que rapidamente se tornou impopular.
Quinto presidente egípcio procedente do exército desde o fim da monarquia em 1952, Al-Sissi comanda o país com grande rigidez e liderou uma repressão implacável da oposição islamita, liberal e laica.
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