Ex-presidente Humala e sua mulher deixam a prisão no Peru
Lima, 1 Mai 2018 (AFP) -
O ex-presidente peruano Ollanta Humala e sua mulher foram libertados nesta segunda-feira, após nove meses na prisão, para responder em liberdade à acusação de lavagem de dinheiro no escândalo envolvendo a construtora Odebrecht.
"Agora meu pensamento, meu coração, estão com minha família", disse Humala à imprensa ao sair da prisão, por volta das 18H00 local (20H00 Brasília).
Sua mulher havia sido libertada quase uma hora antes e se dirigiu à sua residência, no bairro de Surco, em Lima.
O ex-presidente, que falou com a imprensa pela abertura do teto do seu veículo, disse que continuará "lutando para que prevaleça o estado de Direito" no Peru.
Ele anunciou ainda que irá à sede de seu partido nacionalista para saudar os militantes antes de voltar para casa, onde encontrará sua mulher e seus três filhos, que são menores de idade.
O Tribunal acolheu um recurso apresentado há oito meses pelo casal e ordenou na quinta-feira sua libertação "imediata", mas levaram quatro dias para que o serviço penitenciário fosse formalmente notificado sobre a decisão.
"Esta sentença foi ditada na quinta-feira e hoje estamos na segunda-feira", disse à imprensa seu advogado, Wilfredo Pedraza.
A demora em ser libertado levou Humala (2011-2016) a denunciar na sexta-feira no Twitter: "A partir deste dia, passamos de uma prisão preventiva arbitrária a uma ilegal privação de nossa liberdade".
- Quatro ex-presidentes na mira -O casal é acusado de ter recebido três milhões de dólares por parte da Odebrecht para a campanha eleitoral que levou Humala ao poder em 2011, em um caso que também pode mandar outros ex-presidentes peruanos para a cadeia.
Humala governou o Peru de 2011 a 2016 e é um dos quatro ex-presidentes do país investigados pelo escândalo de corrupção com a Odebrecht - mas o único preso.
Os outros investigados são Pedro Pablo Kuczynski, Alan García e Alejandro Toledo. Este último enfrenta um pedido de extradição dos Estados Unidos.
Também sob investigação está a líder opositora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) e artífice da tentativa de destituir Kuczynski por suas assessorias à Odebrecht quando era ministro, o que levou à sua renúncia há quase seis semanas.
Todos eles são investigados por serem suspeitos de receber doações de campanha em 2006 e 2011. Além disso, a procuradoria acusa Toledo de receber um suborno de 20 milhões de dólares da Odebrecht em troca da concessão para construção de uma rodovia na Amazônia.
Humala estava preso em um quartel policial no leste de Lima. O juiz Richard Concepción Carhuancho ordenou em julho do ano passado que o ex-presidente e sua esposa passassem 18 meses em prisão preventiva. Entretanto, o Tribunal Constitucional decidiu que o casal poderá enfrentar o processo em liberdade, embora isso não signifique absolvição.
A culpabilidade ou inocência do casal deve ser decidida em um futuro julgamento.
Os 3 milhões de dólares foram entregues a Humala a pedido do Partido dos Trabalhadores, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo depoimento do ex-diretor da Odebrecht no Peru Jorge Barata a procuradores peruanos.
O ex-presidente peruano Ollanta Humala e sua mulher foram libertados nesta segunda-feira, após nove meses na prisão, para responder em liberdade à acusação de lavagem de dinheiro no escândalo envolvendo a construtora Odebrecht.
"Agora meu pensamento, meu coração, estão com minha família", disse Humala à imprensa ao sair da prisão, por volta das 18H00 local (20H00 Brasília).
Sua mulher havia sido libertada quase uma hora antes e se dirigiu à sua residência, no bairro de Surco, em Lima.
O ex-presidente, que falou com a imprensa pela abertura do teto do seu veículo, disse que continuará "lutando para que prevaleça o estado de Direito" no Peru.
Ele anunciou ainda que irá à sede de seu partido nacionalista para saudar os militantes antes de voltar para casa, onde encontrará sua mulher e seus três filhos, que são menores de idade.
O Tribunal acolheu um recurso apresentado há oito meses pelo casal e ordenou na quinta-feira sua libertação "imediata", mas levaram quatro dias para que o serviço penitenciário fosse formalmente notificado sobre a decisão.
"Esta sentença foi ditada na quinta-feira e hoje estamos na segunda-feira", disse à imprensa seu advogado, Wilfredo Pedraza.
A demora em ser libertado levou Humala (2011-2016) a denunciar na sexta-feira no Twitter: "A partir deste dia, passamos de uma prisão preventiva arbitrária a uma ilegal privação de nossa liberdade".
- Quatro ex-presidentes na mira -O casal é acusado de ter recebido três milhões de dólares por parte da Odebrecht para a campanha eleitoral que levou Humala ao poder em 2011, em um caso que também pode mandar outros ex-presidentes peruanos para a cadeia.
Humala governou o Peru de 2011 a 2016 e é um dos quatro ex-presidentes do país investigados pelo escândalo de corrupção com a Odebrecht - mas o único preso.
Os outros investigados são Pedro Pablo Kuczynski, Alan García e Alejandro Toledo. Este último enfrenta um pedido de extradição dos Estados Unidos.
Também sob investigação está a líder opositora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) e artífice da tentativa de destituir Kuczynski por suas assessorias à Odebrecht quando era ministro, o que levou à sua renúncia há quase seis semanas.
Todos eles são investigados por serem suspeitos de receber doações de campanha em 2006 e 2011. Além disso, a procuradoria acusa Toledo de receber um suborno de 20 milhões de dólares da Odebrecht em troca da concessão para construção de uma rodovia na Amazônia.
Humala estava preso em um quartel policial no leste de Lima. O juiz Richard Concepción Carhuancho ordenou em julho do ano passado que o ex-presidente e sua esposa passassem 18 meses em prisão preventiva. Entretanto, o Tribunal Constitucional decidiu que o casal poderá enfrentar o processo em liberdade, embora isso não signifique absolvição.
A culpabilidade ou inocência do casal deve ser decidida em um futuro julgamento.
Os 3 milhões de dólares foram entregues a Humala a pedido do Partido dos Trabalhadores, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo depoimento do ex-diretor da Odebrecht no Peru Jorge Barata a procuradores peruanos.
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