Assassinato de Marielle Franco completa três meses sem respostas
Rio de Janeiro, 13 Jun 2018 (AFP) - Quem matou Marielle Franco? Essa é a pergunta que continua sendo feita pelos brasileiros três meses após o brutal assassinato da vereadora que se destacou por ser negra e defensora dos direitos humanos.
"É fundamental que continuemos cobrando a justiça. Principalmente entendendo que vivemos num país que tem memória tão curta", disse a viúva de Marielle, Monica Benício, em um ato organizado nesta quarta-feira (13) pela Anistia Internacional em frente ao prédio do Ministério Público no Rio de Janeiro.
Embora os primeiros indícios apontem que as milícias estariam por trás desse crime, o ministro da Segurança Pública, Raúl Jungmann, reconheceu que ainda há muitas dúvidas.
"Esse é um crime de desvendamento complexo. Pelo menos até onde eu saiba, (...) não se tinha informação do motivo. Qual foi a ameaça? Qual foi o conflito em que Marielle se envolveu para que acontecesse essa tragédia que aconteceu com ela?", questionou Jungmann em entrevista à rádio CBN.
O ministro também ressaltou que outros casos emblemáticos demoraram mais de 90 dias para serem solucionados.
Entretanto, a Anistia enfatizou em um comunicado que "a falta de justiça é insuportável" especialmente para outros defensores dos direitos humanos que agora andam com medo.
A organização destacou o alto grau de preparação do crime, lembrando que as câmeras de circuito fechado de televisão próximas à cena do crime foram desligadas pouco antes dos disparos.
Acrescentou também que, conforme foi informado pela imprensa, a arma usada no assassinato da vereador pode ter sido pertencente ao arsenal da Polícia Civil, que investiga o caso.
Marielle Franco, uma socióloga de 38 anos da favela da Maré e vereadora do PSOL, foi assassinada a tiros em 14 de março dentro de seu carro no centro de Rio junto com o motorista Anderson Gomes.
Marielle foi uma firme defensora de minorias, em particular das mulheres negras e da comunidade LGBT, e uma crítica da violência policial nas favelas e da intervenção militar no Rio, ordenada neste ano pelo presidente Michel Temer.
"É fundamental que continuemos cobrando a justiça. Principalmente entendendo que vivemos num país que tem memória tão curta", disse a viúva de Marielle, Monica Benício, em um ato organizado nesta quarta-feira (13) pela Anistia Internacional em frente ao prédio do Ministério Público no Rio de Janeiro.
Embora os primeiros indícios apontem que as milícias estariam por trás desse crime, o ministro da Segurança Pública, Raúl Jungmann, reconheceu que ainda há muitas dúvidas.
"Esse é um crime de desvendamento complexo. Pelo menos até onde eu saiba, (...) não se tinha informação do motivo. Qual foi a ameaça? Qual foi o conflito em que Marielle se envolveu para que acontecesse essa tragédia que aconteceu com ela?", questionou Jungmann em entrevista à rádio CBN.
O ministro também ressaltou que outros casos emblemáticos demoraram mais de 90 dias para serem solucionados.
Entretanto, a Anistia enfatizou em um comunicado que "a falta de justiça é insuportável" especialmente para outros defensores dos direitos humanos que agora andam com medo.
A organização destacou o alto grau de preparação do crime, lembrando que as câmeras de circuito fechado de televisão próximas à cena do crime foram desligadas pouco antes dos disparos.
Acrescentou também que, conforme foi informado pela imprensa, a arma usada no assassinato da vereador pode ter sido pertencente ao arsenal da Polícia Civil, que investiga o caso.
Marielle Franco, uma socióloga de 38 anos da favela da Maré e vereadora do PSOL, foi assassinada a tiros em 14 de março dentro de seu carro no centro de Rio junto com o motorista Anderson Gomes.
Marielle foi uma firme defensora de minorias, em particular das mulheres negras e da comunidade LGBT, e uma crítica da violência policial nas favelas e da intervenção militar no Rio, ordenada neste ano pelo presidente Michel Temer.
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