ONGs culpam França pela venda de material bélico ao Oriente Médio
Paris, 4 Jul 2018 (AFP) - A Anistia Internacional e outras duas ONGs denunciaram nesta quarta-feira (4) a contínua venda de armamentos franceses aos Emirados Árabes e à Arábia Saudita, países acusados de violar direitos humanos no conflito com o Iêmen.
O posicionamento vem depois que um relatório foi revelado pela AFP na segunda-feira e apresentado ao Parlamento francês na quarta pela ministra da Defesa Florence Parly.
Segundo esse relatório, os dois países estão na lista dos principais clientes, encabeçada pelo Kuwait, que no ano de 2017 encomendou o equivalente a 1,1 bilhão de euros em sistemas de armamento.
O Oriente Médio representa cerca de 60% desses pedidos, sendo 3,9 bilhões de um total de 6,9 bilhões de euros.
"Para a Arábia Saudita, a França entregou em 2017 mais de 1,38 bilhão de euros de materiais bélicos, muito mais do que em 2015 ou em 2016", o que faz com que Riyad seja "o segundo cliente da França em termos de entrega em 2017, apesar das violações de direitos humanos no Iêmen", acusa Aymeric Elluin, da Anistia Internacional em comunicado co-redigido com outras ONGs.
A ministra Florence Parly, citada no relatório, destaca que "essas exportações se inscrevem em um quadro estritamente legal" e "respeitam ao pé da letra os tratados e os compromissos internacionais".
Com relação às vendas de armamento aos países envolvidos no conflito com o Iêmen, "nós examinamos caso por caso e zelamos que os equipamentos exportados não sejam usados na linha de frente", assegura o Ministério da Defesa.
Para a França, a venda de material bélico é indispensável para manter a indústria de defensa ativa. Em 2018, o país prevê que o valor das encomendas seja "significativamente superior" que os 6,9 bilhões de euros de 2017, segundo uma fonte do governo.
O posicionamento vem depois que um relatório foi revelado pela AFP na segunda-feira e apresentado ao Parlamento francês na quarta pela ministra da Defesa Florence Parly.
Segundo esse relatório, os dois países estão na lista dos principais clientes, encabeçada pelo Kuwait, que no ano de 2017 encomendou o equivalente a 1,1 bilhão de euros em sistemas de armamento.
O Oriente Médio representa cerca de 60% desses pedidos, sendo 3,9 bilhões de um total de 6,9 bilhões de euros.
"Para a Arábia Saudita, a França entregou em 2017 mais de 1,38 bilhão de euros de materiais bélicos, muito mais do que em 2015 ou em 2016", o que faz com que Riyad seja "o segundo cliente da França em termos de entrega em 2017, apesar das violações de direitos humanos no Iêmen", acusa Aymeric Elluin, da Anistia Internacional em comunicado co-redigido com outras ONGs.
A ministra Florence Parly, citada no relatório, destaca que "essas exportações se inscrevem em um quadro estritamente legal" e "respeitam ao pé da letra os tratados e os compromissos internacionais".
Com relação às vendas de armamento aos países envolvidos no conflito com o Iêmen, "nós examinamos caso por caso e zelamos que os equipamentos exportados não sejam usados na linha de frente", assegura o Ministério da Defesa.
Para a França, a venda de material bélico é indispensável para manter a indústria de defensa ativa. Em 2018, o país prevê que o valor das encomendas seja "significativamente superior" que os 6,9 bilhões de euros de 2017, segundo uma fonte do governo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.