Secretário de Meio Ambiente dos EUA está na corda bamba
Washington, 5 Jul 2018 (AFP) - Enfrentando escândalos crescentes sobre os gastos e o comportamento de seu chefe da agência de meio ambiente, Scott Pruitt, o presidente americano, Donald Trump, parece prestes a demitir o homem que ele nomeou para desmantelar o legado ambiental de Barack Obama.
A lista de acusações contra Pruitt, de 50 anos, é longa. Muitas investigações foram iniciadas nos últimos meses contra ele, entre elas a que é dirigida pelo inspetor geral da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês), as que são realizadas por duas agências federais independentes, e a da Câmara de Representantes.
Todas têm uma origem comum: desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2017, Pruitt, ex-procurador-geral de Oklahoma e próximo à indústria petroleira, parece ter utilizado seu cargo para melhorar sua qualidade de vida e a de sua família, infringindo várias leis federais e punindo subordinados que contestaram seu comportamento ou não demonstram a lealdade que ele esperava deles.
Tudo começou com seus gastos de viagem excessivos, em primeira classe ou em aviões fretados às custas do contribuinte, contrariando as práticas comuns do governo. Depois foi descoberto o alto número de guarda-costas que trabalham para ele 24 horas por dia, inclusive no exterior, por um custo que era o dobro do gasto pelos seus predecessores.
Pruitt também tinha uma cabine de telefone segura em seu escritório de Washington que custou 43.000 dólares, uma quantidade que foi qualificada de excessiva por críticos.
Mas em seus gastos pessoais foi mais conservador, ao conseguir através de amigos lobistas um amplo apartamento em Washington por 50 dólares a noite, apenas para as noites em que se hospedava na capital, um preço inigualável.
Além disso, utilizou alguns funcionários para realizar tarefas privadas, como procurar um apartamento para ele alugar, conseguir-lhe ingressos para algum jogo ou ajudar sua esposa a procurar emprego.
Diante do grande número de denúncias, muitos parlamentares republicanos perderam a paciência.
- "Alarmante" -Até agora, Trump apoiou Pruitt, que aboliu todas as regulações ambientais que pôde e foi um dos mais fervorosos defensores da retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris.
Mas os ventos estão mudando. Em 15 de junho Trump afirmou que Pruitt estava fazendo um "trabalho fantástico", mas completou: "Para ser honesto, não estou feliz com algumas coisas".
E na terça-feira, Hogan Gidley, porta-voz da Casa Branca, disse a um grupo de jornalistas: "Conhecemos os relatos da imprensa, e o presidente os está estudando". "A informação é alarmante", acrescentou.
Em setembro, o presidente revelou que não estava contente com seu secretário de Saúde, Tom Price, depois de várias revelações sobre seus gastos em deslocamentos aéreos. O funcionário terminou renunciando pouco depois.
Algo similar ocorreu com David Shulkin, que estava à frente da pasta de Assuntos dos Veteranos, e a saída de Rex Tillerson, ex-secretário de Estado, também esteve precedida de alguns comentários públicos do presidente.
A lista de acusações contra Pruitt, de 50 anos, é longa. Muitas investigações foram iniciadas nos últimos meses contra ele, entre elas a que é dirigida pelo inspetor geral da Agência de Proteção Ambiental (EPA, sigla em inglês), as que são realizadas por duas agências federais independentes, e a da Câmara de Representantes.
Todas têm uma origem comum: desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2017, Pruitt, ex-procurador-geral de Oklahoma e próximo à indústria petroleira, parece ter utilizado seu cargo para melhorar sua qualidade de vida e a de sua família, infringindo várias leis federais e punindo subordinados que contestaram seu comportamento ou não demonstram a lealdade que ele esperava deles.
Tudo começou com seus gastos de viagem excessivos, em primeira classe ou em aviões fretados às custas do contribuinte, contrariando as práticas comuns do governo. Depois foi descoberto o alto número de guarda-costas que trabalham para ele 24 horas por dia, inclusive no exterior, por um custo que era o dobro do gasto pelos seus predecessores.
Pruitt também tinha uma cabine de telefone segura em seu escritório de Washington que custou 43.000 dólares, uma quantidade que foi qualificada de excessiva por críticos.
Mas em seus gastos pessoais foi mais conservador, ao conseguir através de amigos lobistas um amplo apartamento em Washington por 50 dólares a noite, apenas para as noites em que se hospedava na capital, um preço inigualável.
Além disso, utilizou alguns funcionários para realizar tarefas privadas, como procurar um apartamento para ele alugar, conseguir-lhe ingressos para algum jogo ou ajudar sua esposa a procurar emprego.
Diante do grande número de denúncias, muitos parlamentares republicanos perderam a paciência.
- "Alarmante" -Até agora, Trump apoiou Pruitt, que aboliu todas as regulações ambientais que pôde e foi um dos mais fervorosos defensores da retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris.
Mas os ventos estão mudando. Em 15 de junho Trump afirmou que Pruitt estava fazendo um "trabalho fantástico", mas completou: "Para ser honesto, não estou feliz com algumas coisas".
E na terça-feira, Hogan Gidley, porta-voz da Casa Branca, disse a um grupo de jornalistas: "Conhecemos os relatos da imprensa, e o presidente os está estudando". "A informação é alarmante", acrescentou.
Em setembro, o presidente revelou que não estava contente com seu secretário de Saúde, Tom Price, depois de várias revelações sobre seus gastos em deslocamentos aéreos. O funcionário terminou renunciando pouco depois.
Algo similar ocorreu com David Shulkin, que estava à frente da pasta de Assuntos dos Veteranos, e a saída de Rex Tillerson, ex-secretário de Estado, também esteve precedida de alguns comentários públicos do presidente.
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