Executados no Japão guru e outros seis membros da seita do ataque com sarin
Tóquio, 6 Jul 2018 (AFP) - O guru Shoko Asahara e outros seis membros da seita Aum condenados à morte por sua responsabilidade no ataque com gás sarin contra o metrô de Tóquio em março de 1995 foram executados na manhã desta sexta-feira, confirmou o governo.
O ministério da Justiça comunicou a morte por enforcamento de Asahara, guru e fundador da seita Aum, mas não revelou os nomes dos outros seis executados.
Segundo a imprensa japonesa, também morreram Tomomasa Nakagawa, Tomomitsu Niimi, Kiyohide Hayakawa, Yoshihiro Inoue, Seiichi Endo e Masami Tsuchiya.
Shoko Asahara - cujo verdadeiro nome era Chizuo Matsumoto - estava há anos no corredor da morte com outros doze cúmplices envolvidos no atentado com gás sarin que matou 13 pessoas e causou lesões, algumas irreversíveis, em outras 6.300.
Outros 190 membros da seita foram condenados a penas de prisão pelo atentado, o pior já ocorrido no Japão.
Em 20 de março de 1995, executando um plano bem montado, vários membros da seita Aum Verdade Suprema, criada por Asahara, espalharam o gás sarin pelos vagões do metrô da capital.
O sarin foi colocado em bolsas plásticas em cinco composições do metrô de Tóquio, que após serem furadas pelas pontas dos guarda-chuvas deixaram escapar o gás.
Em um primeiro momento, ninguém entendeu o que estava acontecendo naquela manhã, em plena hora do rush, quando vários passageiros começaram a sufocar, sem ver nada, em várias estações das linhas atacadas.
Algum tempo antes, no que parece ter sido um ensaio do ataque em Tóquio, sete pessoas morreram na cidade de Matsumoto, no centro do país, onde outras 600 sofreram diversas lesões, algumas definitivas.
A seita conseguiu fabricar importantes quantidades do gás sarin em um laboratório, reproduzindo um produto mortal criado pelos cientistas do regime nazista na Alemanha no final dos anos 1930.
A primeira pena de morte pelo ataque foi emitida em 1999.
Em dezembro de 1999, a seita Aum admitiu, pela primeira vez, sua responsabilidade nos ataques contra Tóquio e Matsumoto, e pediu desculpas. Antes do atentado, que chocou o país, o Japão assistiu ao crescimento da Aum entre os anos 1980 e 1990, entre espanto e angústia.
O guru Asahara participava de programas de televisão e fez estragos durante as campanhas eleitorais, conseguindo atrair a atenção dos cidadãos japoneses, incluindo jovens cientistas de alto nível, médicos e advogados.
"Demorou 23 anos após o atentado para que fossem executados. Lamentavelmente, os pais do meu marido, que morreu no ataque, faleceram antes", declarou à TV estatal NHK Shizue Takahashi, mulher de um funcionário do metrô e presidente de uma associação de vítimas.
"Quando soube da notícia, fiquei tranquilo e me disse: 'este assunto acabou", contou à AFP Atsushi Sakahara, um diretor de cinema vítima do ataque.
"Sofri durante anos, como as outras vítimas, meu corpo tinha toda sorte de sintomas. Queria acabar com isto completamente, esquecer tudo, mas é impossível".
"Os ataques perpetrados pela Aum são injustificáveis e os responsáveis mereciam ser castigados, mas a pena de morte jamais será a solução", declarou Hiroka Shoji, investigador para o leste da Ásia da Anistia Internacional.
O ministério da Justiça comunicou a morte por enforcamento de Asahara, guru e fundador da seita Aum, mas não revelou os nomes dos outros seis executados.
Segundo a imprensa japonesa, também morreram Tomomasa Nakagawa, Tomomitsu Niimi, Kiyohide Hayakawa, Yoshihiro Inoue, Seiichi Endo e Masami Tsuchiya.
Shoko Asahara - cujo verdadeiro nome era Chizuo Matsumoto - estava há anos no corredor da morte com outros doze cúmplices envolvidos no atentado com gás sarin que matou 13 pessoas e causou lesões, algumas irreversíveis, em outras 6.300.
Outros 190 membros da seita foram condenados a penas de prisão pelo atentado, o pior já ocorrido no Japão.
Em 20 de março de 1995, executando um plano bem montado, vários membros da seita Aum Verdade Suprema, criada por Asahara, espalharam o gás sarin pelos vagões do metrô da capital.
O sarin foi colocado em bolsas plásticas em cinco composições do metrô de Tóquio, que após serem furadas pelas pontas dos guarda-chuvas deixaram escapar o gás.
Em um primeiro momento, ninguém entendeu o que estava acontecendo naquela manhã, em plena hora do rush, quando vários passageiros começaram a sufocar, sem ver nada, em várias estações das linhas atacadas.
Algum tempo antes, no que parece ter sido um ensaio do ataque em Tóquio, sete pessoas morreram na cidade de Matsumoto, no centro do país, onde outras 600 sofreram diversas lesões, algumas definitivas.
A seita conseguiu fabricar importantes quantidades do gás sarin em um laboratório, reproduzindo um produto mortal criado pelos cientistas do regime nazista na Alemanha no final dos anos 1930.
A primeira pena de morte pelo ataque foi emitida em 1999.
Em dezembro de 1999, a seita Aum admitiu, pela primeira vez, sua responsabilidade nos ataques contra Tóquio e Matsumoto, e pediu desculpas. Antes do atentado, que chocou o país, o Japão assistiu ao crescimento da Aum entre os anos 1980 e 1990, entre espanto e angústia.
O guru Asahara participava de programas de televisão e fez estragos durante as campanhas eleitorais, conseguindo atrair a atenção dos cidadãos japoneses, incluindo jovens cientistas de alto nível, médicos e advogados.
"Demorou 23 anos após o atentado para que fossem executados. Lamentavelmente, os pais do meu marido, que morreu no ataque, faleceram antes", declarou à TV estatal NHK Shizue Takahashi, mulher de um funcionário do metrô e presidente de uma associação de vítimas.
"Quando soube da notícia, fiquei tranquilo e me disse: 'este assunto acabou", contou à AFP Atsushi Sakahara, um diretor de cinema vítima do ataque.
"Sofri durante anos, como as outras vítimas, meu corpo tinha toda sorte de sintomas. Queria acabar com isto completamente, esquecer tudo, mas é impossível".
"Os ataques perpetrados pela Aum são injustificáveis e os responsáveis mereciam ser castigados, mas a pena de morte jamais será a solução", declarou Hiroka Shoji, investigador para o leste da Ásia da Anistia Internacional.
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