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Trump diz acreditar que Kim Jong-un honrará 'contrato' firmado

AFP
Imagem: AFP

Em Washington

09/07/2018 14h07

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou nesta segunda-feira (9) sua "confiança" em que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, honrará o "contrato" firmado por ambos em seu histórico encontro de 12 de junho em Singapura.

Nessa oportunidade, Trump e Kim dialogaram sobre o caminho para a desnuclearização da península coreana e avançaram numa distensão nas relações diplomáticas.

"Confio em que Kim Jong-un honrará nosso contrato firmado e, mais importante, nosso aperto de mãos", declarou Trump em uma mensagem no Twitter.

Contudo, Trump também sugeriu que a China --principal aliado internacional da Coreia do Norte-- pode estar exercendo uma "pressão negativa" nos esforços de desnuclearização da península.

"A China, por outro lado, poderia estar exercendo pressão negativa sobre o acordo por causa de nossa postura sobre o comércio. Espero que não!", escreveu o presidente americano.

Trump referia-se à amarga disputa comercial que Washington e Pequim iniciaram na semana passada, com a imposição de tarifas recíprocas sobre as importações.

Apesar das declarações otimistas do presidente republicano, as relações entre Washington e Pyongyang voltaram a ficar tensas no fim de semana.

No domingo, o governo norte-coreano rejeitou as exigências "unilaterais e inaceitáveis" dos Estados Unidos.

Essa visão de uma suposta influência chinesa sobre a Coreia do Norte em retaliação à guerra comercial foi mencionada no fim de semana pelo legislador conservador Lindsey Graham, um aliado de Trump no Congresso.

"Vejo a mão da China em tudo isso", disse Graham à rede de TV Fox News, referindo-se à mudança de tom por parte das autoridades norte-coreanas.

O tom áspero empregado pelo governo norte-coreano contrastou fortemente com o discurso de otimismo do secretário de Estado Mike Pompeo, que fez uma nova viagem a Pyongyang na semana passada.

De acordo com Pompeo, a última rodada de diálogo foi um sucesso, embora não tenha oferecido detalhes sobre como o desarmamento nuclear norte-coreano aconteceria.