Padre pede renúncia de cardeal francês acusado de acobertar pedofilia
Lyon, 22 Ago 2018 (AFP) - Um padre criou uma petição on-line em que exige a renúncia do cardeal francês Philippe Barbarin, acusado de acobertar atos de pedofilia, por considerar que o apelo do papa Francisco por uma mobilização contra os abusos dentro do clero católico é "claro".
"Que a palavra de um pequeno padre como eu receba tal eco é a prova de que é algo muito esperado", disse Pierre Vignon, da diocese francesa de Valence, perto de Lyon.
A petição já recebeu mais de 8.000 assinaturas.
O cardeal Barbarin, uma das figuras mais influentes da igreja católica francesa, é acusado por não ter denunciado abusos sexuais cometidos por um padre de sua diocese contra escoteiros entre 1986 e 1991, mais de uma década antes de tornar-se arcebispo.
Vignon afirma que se Barbarin renunciar, isto estaria de acordo com a carta aberta a todos os católicos divulgada pelo papa Francisco na qual admite que a dor das vítimas de abusos sexuais foi por muito tempo ignorada, calada ou silenciada.
"O apelo do papa é claro", disse o padre Vignon. "O povo de Deus deve reagir e estou, portanto, no meu direito de pedir que renuncie. É uma tema de honra", completou.
Os atos pelos quais Barbarin é acusado são remotos. O cardeal e primaz de Gallias, que afirma nunca ter acobertado nenhuma agressão sexual, só chegou à diocese de Lyon em 2002, 11 anos depois das últimas agressões investigadas pela justiça.
Mas em 2016 admitiu "erros na gestão e nomeação de alguns padres" e pediu perdão às vítimas. Pouco depois se reuniu com o papa no Vaticano, que deu todo o apoio.
A pedido das vítimas, o cardeal Barbarin comparecerá ao tribunal correcional de Lyon por uma citação direta, mas o julgamento pode sofrer um novo adiamento por questões de procedimento.
cha-fga/meb/mb/fp
"Que a palavra de um pequeno padre como eu receba tal eco é a prova de que é algo muito esperado", disse Pierre Vignon, da diocese francesa de Valence, perto de Lyon.
A petição já recebeu mais de 8.000 assinaturas.
O cardeal Barbarin, uma das figuras mais influentes da igreja católica francesa, é acusado por não ter denunciado abusos sexuais cometidos por um padre de sua diocese contra escoteiros entre 1986 e 1991, mais de uma década antes de tornar-se arcebispo.
Vignon afirma que se Barbarin renunciar, isto estaria de acordo com a carta aberta a todos os católicos divulgada pelo papa Francisco na qual admite que a dor das vítimas de abusos sexuais foi por muito tempo ignorada, calada ou silenciada.
"O apelo do papa é claro", disse o padre Vignon. "O povo de Deus deve reagir e estou, portanto, no meu direito de pedir que renuncie. É uma tema de honra", completou.
Os atos pelos quais Barbarin é acusado são remotos. O cardeal e primaz de Gallias, que afirma nunca ter acobertado nenhuma agressão sexual, só chegou à diocese de Lyon em 2002, 11 anos depois das últimas agressões investigadas pela justiça.
Mas em 2016 admitiu "erros na gestão e nomeação de alguns padres" e pediu perdão às vítimas. Pouco depois se reuniu com o papa no Vaticano, que deu todo o apoio.
A pedido das vítimas, o cardeal Barbarin comparecerá ao tribunal correcional de Lyon por uma citação direta, mas o julgamento pode sofrer um novo adiamento por questões de procedimento.
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