Suécia apresenta manual para promover diplomacia feminista
Estocolmo, 23 Ago 2018 (AFP) - A Suécia apresentou nesta quinta-feira um "Manual de diplomacia feminista" para promover entre ONGs e governos os princípios de sua política externa focada desde 2014 na defesa dos direitos das mulheres.
Após as eleições legislativas de setembro de 2014, o governo social-democrata, o primeiro no país a alcançar a paridade entre homens e mulheres, tem impulsionado uma diplomacia feminista, que visa "promover a igualdade de gênero" e "garantir a todas as mulheres e meninas seus direitos fundamentais".
"Os direitos das mulheres são direitos humanos", repete regularmente a ministra das Relações Exteriores sueca, Margot Wallstrom, referindo-se ao slogan do movimento feminista, também usado por Hillary Clinton.
Emancipação financeira, luta contra as agressões sexuais, influência nos processos de paz, melhoria na participação política... A diplomacia sueca usa todos os seus mecanismos para promover o feminismo em todo o planeta.
Essas ações políticas foram agora resumidas em um livro de cem páginas, cuja versão em inglês está disponível no site do governo do país escandinavo.
Algumas das medidas defendidas neste manual são: garantir o mesmo número de homens e mulheres em conferências, usar mais recursos humanos e financeiros em favor dos direitos das mulheres e investir nas redes sociais.
Em 2016, 40% dos embaixadores suecos eram mulheres, enquanto que vinte anos atrás 90% dos embaixadores suecos eram homens, de acordo com um gráfico do manual que reflete a crescente importância das mulheres na diplomacia sueca.
"Quando passamos a promover a diplomacia feminista há quatro anos, as reações não foram entusiasmadas. Alguns fizeram piada nos primeiros dias", disse à AFP Wallstrom, que no ano passado recebeu o prêmio "Agente para a mudança" da ONU por seu trabalho em defesa dos direitos das mulheres.
No entanto, os resultados concretos da diplomacia feminista são difíceis de determinar. Segundo seus defensores, seu objetivo é mudar o paradigma e isso leva tempo.
"É apenas o começo (...), há muito o que fazer", reconhece Wallstrom.
Em um relatório publicado no ano passado, o Ministério das Relações Exteriores considerou que houve conquistas "significativas". Por exemplo, ele citou o papel da Suécia para promover e financiar a luta contra "normas destrutivas" na República Democrática do Congo ou a inclusão de princípios de igualdade entre homens e mulheres no acordo de paz na Colômbia em 2016.
k-gab/mr/eb/mb/mr
Após as eleições legislativas de setembro de 2014, o governo social-democrata, o primeiro no país a alcançar a paridade entre homens e mulheres, tem impulsionado uma diplomacia feminista, que visa "promover a igualdade de gênero" e "garantir a todas as mulheres e meninas seus direitos fundamentais".
"Os direitos das mulheres são direitos humanos", repete regularmente a ministra das Relações Exteriores sueca, Margot Wallstrom, referindo-se ao slogan do movimento feminista, também usado por Hillary Clinton.
Emancipação financeira, luta contra as agressões sexuais, influência nos processos de paz, melhoria na participação política... A diplomacia sueca usa todos os seus mecanismos para promover o feminismo em todo o planeta.
Essas ações políticas foram agora resumidas em um livro de cem páginas, cuja versão em inglês está disponível no site do governo do país escandinavo.
Algumas das medidas defendidas neste manual são: garantir o mesmo número de homens e mulheres em conferências, usar mais recursos humanos e financeiros em favor dos direitos das mulheres e investir nas redes sociais.
Em 2016, 40% dos embaixadores suecos eram mulheres, enquanto que vinte anos atrás 90% dos embaixadores suecos eram homens, de acordo com um gráfico do manual que reflete a crescente importância das mulheres na diplomacia sueca.
"Quando passamos a promover a diplomacia feminista há quatro anos, as reações não foram entusiasmadas. Alguns fizeram piada nos primeiros dias", disse à AFP Wallstrom, que no ano passado recebeu o prêmio "Agente para a mudança" da ONU por seu trabalho em defesa dos direitos das mulheres.
No entanto, os resultados concretos da diplomacia feminista são difíceis de determinar. Segundo seus defensores, seu objetivo é mudar o paradigma e isso leva tempo.
"É apenas o começo (...), há muito o que fazer", reconhece Wallstrom.
Em um relatório publicado no ano passado, o Ministério das Relações Exteriores considerou que houve conquistas "significativas". Por exemplo, ele citou o papel da Suécia para promover e financiar a luta contra "normas destrutivas" na República Democrática do Congo ou a inclusão de princípios de igualdade entre homens e mulheres no acordo de paz na Colômbia em 2016.
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