Juiz indicado por Trump à Suprema Corte é acusado por segunda mulher de abuso sexual, diz revista
Os democratas no Senado dos Estados Unidos estão investigando uma nova acusação de má conduta sexual contra o candidato do presidente Donald Trump à Suprema Corte, informou neste domingo (23) a revista The New Yorker.
Deborah Ramirez, de 53 anos, afirmou ao veículo que Brett Kavanaugh a assediou durante uma festa estudantil na Universidade de Yale na década de 1980, esfregando seus genitais em seu rosto e fazendo com que ela os tocasse sem seu consentimento.
Kavanaugh nega tal incidente, chamando-o de "uma difamação pura e simples".
"As pessoas que me conhecem sabem que isso não aconteceu", disse ele em um comunicado publicado pela revista.
Essa nova revelação deve agitar ainda mais a semana, depois que Christine Blasey Ford, que também acusa de agressão sexual o juiz Brett Kavanaugh, aceitou no sábado (22) testemunhar perante o Senado sobre o caso.
Neste domingo, os advogados de Christine Blasey Ford confirmaram que ela irá comparecer ao Senado na próxima quinta-feira (27).
A Comissão de Justiça e seu presidente, o republicano Chuck Grassley, desejam ouvir seu testemunho, bem como o de Kavanaugh, acusado pela professora universitária de 51 anos de assediá-la durante uma noite de bebedeira na década de 1980 em um subúrbio de Washington.
O magistrado nega a acusação e também concordou em testemunhar.
Se Kavanaugh for confirmado para este cargo vitalício, os juízes progressistas estarão em minoria por um longo tempo na Suprema Corte, que tem jurisdição sobre inúmeras questões que dividem a sociedade, tais como o direito ao aborto.
Os republicanos querem que a votação aconteça antes das eleições de meio de mandato, em novembro, nas quais podem perder o controle do Congresso.
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