Ex-premier francês será candidato a prefeito de Barcelona
Barcelona, 25 Set 2018 (AFP) - O ex-primeiro-ministro francês Manuel Valls anunciou nesta terça-feira (25) a sua candidatura à Prefeitura de Barcelona, sua cidade natal, em uma aposta arriscada que está provocando movimentos na política da segunda cidade da Espanha.
"Quero ser o próximo prefeito de Barcelona", disse Valls, de 56 anos, falando em catalão durante uma conferência no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, acabando com meses de especulações sobre a sua participação nas eleições municipais de maio de 2019.
Essa decisão - um ex-primeiro-ministro francês disputando a prefeitura de outro país - é incomum, além de arriscada, assinalam os analistas.
"Parece difícil que acabe sendo prefeito", acredita o cientista político da Universidade de Barcelona Jordi Muñoz, apontando a alta fragmentação do voto com até sete partidos concorrendo pela prefeitura.
Seu objetivo é formar uma plataforma transversal que reúna o voto do centro e contrário à independência, mas, por enquanto, só conta com o apoio do partido liberal Cidadãos.
Em seu discurso, repassou os problemas enfrentados por esta cidade de 1,6 milhão de habitantes: insegurança crescente, degradação do centro histórico, saturação turística, problemas de acesso à residência e fuga de empresas pela crise separatista.
"A cidade se encontra mergulhada em uma dinâmica perdedora. Temos que freá-la, precisamos mudar de rumo e ter uma nova liderança o quanto antes", afirmou Valls.
E para demonstrar o seu compromisso com o projeto, anunciou a sua demissão na semana que vem de todos os cargos políticos que ocupa na França.
"Aconteça o que acontecer, ficarei (...) Sou barcelonês e isso é, antes de tudo, uma opção pessoal, uma opção de vida", afirmou.
O ex-presidente catalão Carles Puigdemont declarou à AFP que este "é um candidato que não conhece Barcelona, que não é conhecido em Barcelona", enquanto seu sucessor, Quim Torra, desejou a Valls "um fracasso retumbante".
Na praça Sant Jume, onde fica a Prefeitura e a sede do governo regional, alguns cidadãos veem a sua candidatura com estranheza.
"Não sei o que está vindo fazer aqui", diz Laura Bozzo, aposentada de 68 anos e militante separatista.
"Imagino que como não o querem na França, vem para Barcelona ver se consegue algo", acrescenta, fazendo referência a sua frustrada intenção de se tornar o candidato socialista à presidência em 2017.
O ex-primeiro-ministro francês durante a presidência de François Hollande ocupou um lugar nas notícias espanholas nos últimos meses por seu envolvimento na luta contra o movimento independentista.
Nascido em Barcelona durante as férias de seus pais, Valls viveu na França, mas permaneceu vinculado à cidade, onde sua irmã mora atualmente, e fala perfeitamente o catalão e o espanhol, embora com um leve sotaque francês.
"Quero ser o próximo prefeito de Barcelona", disse Valls, de 56 anos, falando em catalão durante uma conferência no Centro de Cultura Contemporânea de Barcelona, acabando com meses de especulações sobre a sua participação nas eleições municipais de maio de 2019.
Essa decisão - um ex-primeiro-ministro francês disputando a prefeitura de outro país - é incomum, além de arriscada, assinalam os analistas.
"Parece difícil que acabe sendo prefeito", acredita o cientista político da Universidade de Barcelona Jordi Muñoz, apontando a alta fragmentação do voto com até sete partidos concorrendo pela prefeitura.
Seu objetivo é formar uma plataforma transversal que reúna o voto do centro e contrário à independência, mas, por enquanto, só conta com o apoio do partido liberal Cidadãos.
Em seu discurso, repassou os problemas enfrentados por esta cidade de 1,6 milhão de habitantes: insegurança crescente, degradação do centro histórico, saturação turística, problemas de acesso à residência e fuga de empresas pela crise separatista.
"A cidade se encontra mergulhada em uma dinâmica perdedora. Temos que freá-la, precisamos mudar de rumo e ter uma nova liderança o quanto antes", afirmou Valls.
E para demonstrar o seu compromisso com o projeto, anunciou a sua demissão na semana que vem de todos os cargos políticos que ocupa na França.
"Aconteça o que acontecer, ficarei (...) Sou barcelonês e isso é, antes de tudo, uma opção pessoal, uma opção de vida", afirmou.
O ex-presidente catalão Carles Puigdemont declarou à AFP que este "é um candidato que não conhece Barcelona, que não é conhecido em Barcelona", enquanto seu sucessor, Quim Torra, desejou a Valls "um fracasso retumbante".
Na praça Sant Jume, onde fica a Prefeitura e a sede do governo regional, alguns cidadãos veem a sua candidatura com estranheza.
"Não sei o que está vindo fazer aqui", diz Laura Bozzo, aposentada de 68 anos e militante separatista.
"Imagino que como não o querem na França, vem para Barcelona ver se consegue algo", acrescenta, fazendo referência a sua frustrada intenção de se tornar o candidato socialista à presidência em 2017.
O ex-primeiro-ministro francês durante a presidência de François Hollande ocupou um lugar nas notícias espanholas nos últimos meses por seu envolvimento na luta contra o movimento independentista.
Nascido em Barcelona durante as férias de seus pais, Valls viveu na França, mas permaneceu vinculado à cidade, onde sua irmã mora atualmente, e fala perfeitamente o catalão e o espanhol, embora com um leve sotaque francês.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.