ONU diz que guerras comerciais são sintoma de 'mal-estar mais profundo'
Genebra, 26 Set 2018 (AFP) - As guerras comerciais são o "sintoma de um mal-estar mais profundo", afirmou nesta quarta-feira a ONU em seu informe anual sobre comércio e desenvolvimento.
Dez anos após a crise financeira de 2008, "a economia está novamente sob tensão", afirmou o secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD na sigla em inglês), Mukhisa Kituyi, em um comunicado, devido à publicação do relatório.
"A curto prazo, preocupam o aumento das tarifas e da instabilidade dos fluxos financeiros, mas após essas ameaças contra a estabilidade mundial, subjaz a impotência desde 2008 em corrigir as desigualdades e os desequilíbrios gerados pela hiperglobalização", garante.
Os autores do relatório afirmam que "a solução não está nem em uma volta a um nacionalismo nostálgico, nem em uma intensificação do livre-mercado", que acusam de ser um "aval ideológico que restringe a margem de ação dos países em desenvolvimento e debilita as proteções aos trabalhadores e às pequenas empresas".
Para Kituyi, "o desafio é encontrar os meios para que o multilateralismo seja eficiente".
A UNCTAD recomenda aos governos coordenar suas políticas "para evitar que a divisão de renda e empregos continue se deteriorando, o que originou as crises econômicas mais recentes".
O relatório destaca que "as fissuras financeiras crescem em vários países".
Os especialistas garantem que o total da dívida mundial, que chega a 250 trilhões de dólares - 50% maior que no pior momento da crise - é três vezes maior que o PIB total do planeta.
O principal autor do informe, Richard Kozul-Wright, afirma que a "deterioração do endividamento que se observa no mundo está intimamente vinculada com as desigualdades. A ligação entre esses dois elementos é o crescente peso e influência dos mercados financeiros".
Dez anos após a crise financeira de 2008, "a economia está novamente sob tensão", afirmou o secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD na sigla em inglês), Mukhisa Kituyi, em um comunicado, devido à publicação do relatório.
"A curto prazo, preocupam o aumento das tarifas e da instabilidade dos fluxos financeiros, mas após essas ameaças contra a estabilidade mundial, subjaz a impotência desde 2008 em corrigir as desigualdades e os desequilíbrios gerados pela hiperglobalização", garante.
Os autores do relatório afirmam que "a solução não está nem em uma volta a um nacionalismo nostálgico, nem em uma intensificação do livre-mercado", que acusam de ser um "aval ideológico que restringe a margem de ação dos países em desenvolvimento e debilita as proteções aos trabalhadores e às pequenas empresas".
Para Kituyi, "o desafio é encontrar os meios para que o multilateralismo seja eficiente".
A UNCTAD recomenda aos governos coordenar suas políticas "para evitar que a divisão de renda e empregos continue se deteriorando, o que originou as crises econômicas mais recentes".
O relatório destaca que "as fissuras financeiras crescem em vários países".
Os especialistas garantem que o total da dívida mundial, que chega a 250 trilhões de dólares - 50% maior que no pior momento da crise - é três vezes maior que o PIB total do planeta.
O principal autor do informe, Richard Kozul-Wright, afirma que a "deterioração do endividamento que se observa no mundo está intimamente vinculada com as desigualdades. A ligação entre esses dois elementos é o crescente peso e influência dos mercados financeiros".
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