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Líderes defendem refundação da União Europeia contra 'onda populista'

O presidente francês Emmanuel Macron foi um dos líderes europeus que assinou um manifesto publicado em jornais tradicionais, como "Liberación" e "The Guardian" - AFP PHOTO / Ludovic MARIN
O presidente francês Emmanuel Macron foi um dos líderes europeus que assinou um manifesto publicado em jornais tradicionais, como "Liberación" e "The Guardian" Imagem: AFP PHOTO / Ludovic MARIN

27/09/2018 15h38

Faltando oito meses para as eleições europeias, sete líderes liberais ou social-democratas pediram nesta quinta-feira mudanças na União Europeia apara frear a onda populista que ameaça a "paz, prosperidade e liberdade" do continente.

"Queremos refundar a Europa", dizem os oito líderes em uma coluna publicada nos principais jornais europeus, incluindo no britânico The Guardian, no francês Libération e no portal espanhol eldiario.es.

"Devemos agir agora, ou o projeto europeu vai perder o fôlego. Pior, será sufocado por políticos populistas para os quais a União é uma anomalia da história que deve ser abandonada", advertem neste texto batizado de "Despertemos para a Europa!".

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O manifesto foi assinado pelo primeiro-ministro maltês Joseph Muscat, pelo presidente do partido espanhol Ciudadanos Albert Rivera e pelo presidente do conselho italiano Matteo Renzi.

Também traz a assinatura do líder do partido do presidente francês Emmanuel  Macron, Christophe  Castaner; a dos políticos belgas Guy Verhofstadt e Oliver  Chastel; bem como a do antigo primeiro-ministro romeno Dacian  Ciolos e do político holandês Alexander Pechtold.

"Nós nos recusamos a ser uma nova geração de sonâmbulos", declaram os signatários, recusando-se a seguir "um século depois", o mesmo caminho que levou a duas guerras mundiais.

"A Europa de hoje parece pouco adequada para enfrentar os desafios ecológico, econômico e migratório. Não responde às expectativas dos cidadãos que exigem menos leis e mais ações", afirmam.

"Nosso projeto de refundação é claro", eles apontam, pedindo "reformar os tratados se a refundação da Europa exigir isso" e "superar as estruturas políticas existentes se elas se tornarem obstáculos".