Novos protestos na Tunísia contra visita do príncipe herdeiro saudita
Tunes, 27 Nov 2018 (AFP) - Centenas de pessoas se manifestaram na capital tunisiana nesta terça-feira (27) contra a visita do príncipe herdeiro saudita, Mohamed bin Salman, e pedindo justiça para o jornalista assassinado Jamal Khashoggi.
No dia anterior, outra manifestação reuniu cerca de 100 pessoas.
"Você não é bem-vindo", "Não ao assassino de crianças no Iêmen" e "O povo quer que Mohamed bin Salman seja julgado", eram algumas das frases lidas nos cartazes dos manifestantes.
Mohamed bin Salman, que estava no Egito, chegou nesta terça à noite a Tunes e se reuniu com o presidente tunisiano, Beji Caid Esebsi, na companhia de uma grande delegação.
Trata-se do primeiro membro da família real saudita a viajar para a Tunísia desde a revolução de 2011, e da sua primeira viagem ao exterior desde o assassinato em 2 de outubro do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.
Depois de suas visitas a Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito, onde os poderes retiraram seu apoio ao reino saudita, os tunisianos receberam o príncipe herdeiro com gritos de "fora, assassino".
"É desumano ver um líder árabe matar seus irmãos no Iêmen, e o assassinato de um jornalista é a ponta do iceberg", disse à AFP a professora Basma Rezgui com um serrote manchado de vermelho na mão em referência ao assassinato de Khashoggi.
A Tunísia, o único país a seguir o caminho da democratização após a revolução da Primavera Árabe, "é um dos poucos países árabes onde essas posições podem ser mostradas", assinalou Yussef Sherif, pesquisador em política internacional.
A revolução tunisiana de 2011 expulsou do poder o ditador Zine al Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita.
A Arábia Saudita está no olho do furacão pelo assassinato de Khashoggi, com o príncipe herdeiro acusado pela imprensa e por responsáveis turcos de ter dado a ordem para matar o jornalista crítico com regime. A CIA concluiu que Mohamed bin Salman ordenou seu assassinato, segundo assinalou o Washington Post.
Uma casa inspecionada na segunda-feira por investigadores turcos em busca do corpo de Jamal Khashoggi pertence a um "amigo próximo" do príncipe herdeiro, informou a mídia turca nesta terça-feira.
No dia anterior, outra manifestação reuniu cerca de 100 pessoas.
"Você não é bem-vindo", "Não ao assassino de crianças no Iêmen" e "O povo quer que Mohamed bin Salman seja julgado", eram algumas das frases lidas nos cartazes dos manifestantes.
Mohamed bin Salman, que estava no Egito, chegou nesta terça à noite a Tunes e se reuniu com o presidente tunisiano, Beji Caid Esebsi, na companhia de uma grande delegação.
Trata-se do primeiro membro da família real saudita a viajar para a Tunísia desde a revolução de 2011, e da sua primeira viagem ao exterior desde o assassinato em 2 de outubro do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita em Istambul.
Depois de suas visitas a Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito, onde os poderes retiraram seu apoio ao reino saudita, os tunisianos receberam o príncipe herdeiro com gritos de "fora, assassino".
"É desumano ver um líder árabe matar seus irmãos no Iêmen, e o assassinato de um jornalista é a ponta do iceberg", disse à AFP a professora Basma Rezgui com um serrote manchado de vermelho na mão em referência ao assassinato de Khashoggi.
A Tunísia, o único país a seguir o caminho da democratização após a revolução da Primavera Árabe, "é um dos poucos países árabes onde essas posições podem ser mostradas", assinalou Yussef Sherif, pesquisador em política internacional.
A revolução tunisiana de 2011 expulsou do poder o ditador Zine al Abidine Ben Ali, que fugiu para a Arábia Saudita.
A Arábia Saudita está no olho do furacão pelo assassinato de Khashoggi, com o príncipe herdeiro acusado pela imprensa e por responsáveis turcos de ter dado a ordem para matar o jornalista crítico com regime. A CIA concluiu que Mohamed bin Salman ordenou seu assassinato, segundo assinalou o Washington Post.
Uma casa inspecionada na segunda-feira por investigadores turcos em busca do corpo de Jamal Khashoggi pertence a um "amigo próximo" do príncipe herdeiro, informou a mídia turca nesta terça-feira.
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