Peru defenderá no Grupo de Lima que se rompam relações com Venezuela
O Peru proporá ao Grupo de Lima a ruptura das relações diplomáticas com a Venezuela e a proibição de entrada nos países do bloco de todos os membros da cúpula do governo de Nicolás Maduro, informou nesta sexta-feira (7) o chanceler peruano, Néstor Popolizio.
"Como desconhecemos as eleições (venezuelanas) de maio passado, a consequência natural é propor como uma das ações a ruptura das relações diplomáticas com a Venezuela", disse Popolizio.
O Grupo de Lima é integrado por 14 países americanos, incluindo o Canadá.
O Peru levará essas propostas a uma reunião com o bloco programada para 19 de dezembro em Bogotá, disse o ministro peruano, que acrescentou que também está sendo organizado um encontro dos 14 chanceleres do bloco para janeiro.
Popolizio disse que essas propostas do Peru pretendem contribuir para o fim da "ditadura de Maduro", que iniciará um novo mandato de seis anos no dia 10 de janeiro, em virtude dos resultados das eleições de 23 de maio, que não foram reconhecidas por grande parte da comunidade internacional.
O Peru também proporá "proibir a entrada em nossos países de todos os membros da cúpula venezuelana para que eles saibam que em nenhum país do Grupo de Lima serão bem-vindos", esclareceu Popolizio em uma reunião com correspondentes estrangeiros.
Uma medida similar já foi adotada por Estados Unidos, União Europeia e Canadá, destacou o chanceler do Peru, país que recebeu mais de 600.000 migrantes venezuelanos que fugiram da crise política e econômica em seu país.
O Grupo de Lima, criado por iniciativa do Peru em agosto de 2017, integrado também por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Guiana e Santa Lucía.
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