'Odeio a tortura e os torturadores', diz Salvini sobre declarações de Bolsonaro
Roma, 10 dez 2018 (AFP) - O ministro do Interior italiano Matteo Salvini, assegurou nesta segunda-feira (10) que "odeia a tortura e os torturadores" ao ser questionado sobre as declarações feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, que considera seu aliado.
"Eu condeno a tortura e os torturadores", afirmou Salvini durante uma entrevista coletiva na sede de Roma da associação dos correspondentes estrangeiros na Itália, manifestando sua clara oposição aos métodos defendidos por Bolsonaro.
Salvini, que elogiou a vitória de Bolsonaro, confirmou que visitará o Brasil "no começo do ano que vem", sem informar, contudo, se comparecerá à posse, em 1º de janeiro, em Brasília.
"Tomo nota do voto livre e democrático do povo brasileiro. É curioso que quando você vota em certa parte, você vota pela democracia, liberdade, futuro, progresso e direitos. Quando você vota contra o politicamente correto, você vota por regressão, fascismo, nazismo, reação, supremacia, etc", comentou Salvini com seu tradicional tom polêmico.
Ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016, o então deputado federal Bolsonaro homenageou o falecido coronel Brilhante Ustra, que a havia torturado nos tempos da ditadura.
O ministro italiano evitou se aprofundar no tema, preferindo reiterar que espera que o Brasil extradite o ex-militante de esquerda Cesare Battisti, condenado por assassinato na Itália.
A extradição de Battisti, que obteve em 2010 o status de asilado político pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi solicitada por todos os governos da Itália, tanto de centro-esquerda como de centro-direita.
"Seria uma notícia muito boa. Porque isso de um condenado à prisão perpétua gozar a vida nas praias do Brasil me provoca uma ira indescritível", disse Salvini.
"Se depois de anos de conversa as autoridades brasileiras ajudarem a Itália a obter justiça, o mérito será do governo e do presidente brasileiro", acrescentou.
Battisti, de 63 anos, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios na década de 1970, pelos quais se declara inocente. Ele passou cerca de 30 anos fugitivo entre México e França, onde desenvolveu uma exitosa carreira como escritor de romances policiais, antes de fugir para o Brasil, em 2004.
"Eu condeno a tortura e os torturadores", afirmou Salvini durante uma entrevista coletiva na sede de Roma da associação dos correspondentes estrangeiros na Itália, manifestando sua clara oposição aos métodos defendidos por Bolsonaro.
Salvini, que elogiou a vitória de Bolsonaro, confirmou que visitará o Brasil "no começo do ano que vem", sem informar, contudo, se comparecerá à posse, em 1º de janeiro, em Brasília.
"Tomo nota do voto livre e democrático do povo brasileiro. É curioso que quando você vota em certa parte, você vota pela democracia, liberdade, futuro, progresso e direitos. Quando você vota contra o politicamente correto, você vota por regressão, fascismo, nazismo, reação, supremacia, etc", comentou Salvini com seu tradicional tom polêmico.
Ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016, o então deputado federal Bolsonaro homenageou o falecido coronel Brilhante Ustra, que a havia torturado nos tempos da ditadura.
O ministro italiano evitou se aprofundar no tema, preferindo reiterar que espera que o Brasil extradite o ex-militante de esquerda Cesare Battisti, condenado por assassinato na Itália.
A extradição de Battisti, que obteve em 2010 o status de asilado político pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi solicitada por todos os governos da Itália, tanto de centro-esquerda como de centro-direita.
"Seria uma notícia muito boa. Porque isso de um condenado à prisão perpétua gozar a vida nas praias do Brasil me provoca uma ira indescritível", disse Salvini.
"Se depois de anos de conversa as autoridades brasileiras ajudarem a Itália a obter justiça, o mérito será do governo e do presidente brasileiro", acrescentou.
Battisti, de 63 anos, foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios na década de 1970, pelos quais se declara inocente. Ele passou cerca de 30 anos fugitivo entre México e França, onde desenvolveu uma exitosa carreira como escritor de romances policiais, antes de fugir para o Brasil, em 2004.
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