Ex-advogado de Trump admite ter pagado para manipular pesquisas eleitorais
Michael Cohen, ex-advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu nesta quinta-feira (17) ter pagado um homem para manipular pesquisas online a fim de beneficiar o magnata do setor imobiliário no começo da campanha eleitoral.
Cohen confirmou uma informação publicada pelo "Wall Street Journal" de que teria pagado para o diretor de uma pequena empresa de tecnologia, John Gauger, criar um código que atribuísse votos a Trump em uma pesquisa online da emissora CNBC.
Ele repetiu a mesma ação em uma pesquisa digital do site Drudge Report - popular entre os conservadores.
Cohen, que também pagou Gauger para criar uma conta em uma rede social falando bem dele mesmo, confirmou as principais linhas da reportagem.
"O que fiz foi sob comando e em único benefício de Donald Trump. Eu realmente me arrependo de minha lealdade cega a um homem que não merece isso", tuitou.
Cohen, que à época era braço direito do magnata na Trump Organization, em Nova York, admitiu no ano passado ser culpado de violar leis financeiras de campanha. Ele envolveu Trump no crime, dizendo que ele ordenou o pagamento de duas mulheres que teriam tido relacionamentos com Trump para silenciá-las.
O advogado, de 52 anos, foi condenado a três anos de prisão, mas sua detenção foi adiada enquanto ele continua a colaborar com a Justiça em investigações em andamento, como a da suspeita de conluio entre a campanha de Trump e a Rússia.
O "Wall Street Journal" afirmou que Gauger recebeu cerca de US$ 12 mil em dinheiro pelo serviço, enquanto Cohen insistiu que ele foi pago com cheques.
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