EUA exortam militares da Venezuela a aceitarem transição pacífica
Washington, 28 Jan 2019 (AFP) - O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, exortou nesta segunda-feira (28) os militares da Venezuela a aceitarem de forma "pacífica" a saída do poder de Nicolás Maduro, e reiterou que "todas as opções" estão sobre a mesa, ao ser consultado sobre uma eventual intervenção militar.
O conselheiro de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, John Bolton, apelou diretamente aos militares, principal sustentação de Maduro, depois que Washington reconheceu na semana passada ao líder do Parlamento de maioria opositora, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela.
"Pedimos ao Exército venezuelano e às forças de segurança que aceitem a transição pacífica, democrática e constitucional do poder", disse Bolton em coletiva de imprensa, na qual reafirmou, como fez o presidente Donald Trump, que em relação a uma possível intervenção militar americana "todas as opções" estão sobre a mesa.
"Até certo ponto, isto começou", disse. "Vimos o pessoal militar e oficial venezuelano atender a este chamado".
Bolton mencionou o caso do adido militar da Venezuela em Washington, coronel José Luis Silva, que no fim de semana rompeu fileiras com Maduro, assim como o da cônsul de Miami, Scarlet Salazar, que informou seu apoio a Guaidó em um vídeo difundido nesta segunda-feira.
Consultado se Trump consideraria envolver de alguma forma o exército americano na Venezuela, Bolton respondeu: "O presidente deixou claro neste assunto que todas as opções estão sobre a mesa".
Bolton reiterou, ainda, que os Estados Unidos responsabilizarão as forças de segurança venezuelanas pela segurança de todo o pessoal diplomático americano na Venezuela, assim como da Assembleia Nacional e do presidente Guaidó.
"Qualquer violência contra estes grupos significará um ataque ao Estado de direito e terá uma resposta significativa", afirmou.
Bolton fez a mesma advertência no domingo.
Os Estados Unidos reconheceram na quarta-feira Guaidó, que se autoproclamou presidente interino assim que o Legislativo declarou Maduro "usurpador" por iniciar em 10 de janeiro um segundo mandato considerado ilegítimo por meia centena de países, para os quais sua reeleição foi fraudulenta.
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