Senadores americanos pedem à UE que reconheçam Guaidó como presidente da Venezuela
Washington, 31 Jan 2019 (AFP) - Os senadores dos Estados Unidos pediram nesta quarta-feira à União Europeia (UE) que reconheça o líder da oposição, Juan Guaidó, como presidente interino da Venezuela para propiciar a saída de Nicolás Maduro do poder.
Legisladores do Partido Republicano e da oposição democrática reuniram-se com representantes de Guaidó, que na sua qualidade de presidente do Parlamento se proclamou presidente há uma semana, depois de considerar que o novo mandato de Maduro, iniciado em 10 de janeiro, é resultado de eleições fraudulentas e, portanto, "ilegítima".
A delegação, chefiada pelo inflamado representante de negócios da Venezuela ante os Estados Unidos, Carlos Vecchio, pediu aos senadores que "exortassem" seus aliados europeus. "É o que fizemos e continuaremos a fazer", disse Jim Risch, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, a repórteres.
"É importante que a União Européia faça a coisa certa e se assegure de que será muito firme contra Maduro e a favor deste governo interino", disse o senador Rick Scott, ex-governador da Flórida, que abriga uma grande comunidade venezuelana no exílio.
Scott pediu ao bloco europeu que siga os passos dos Estados Unidos e aplique sanções econômicas contra a Venezuela de Maduro. "Continuaremos a pressionar Maduro e ele se afastará para que tenhamos democracia em vez de socialismo e um ditador na Venezuela", disse ele.
O senador Marco Rubio, presidente do subcomitê de Relações Internacionais do Senado para o Hemisfério Ocidental, destacou que "a grande maioria dos países da Europa é a favor" de não reconhecer Maduro.
"Estamos bastante otimistas sobre a votação de amanhã no Parlamento Europeu", disse ele.
O Parlamento Europeu deve votar nesta quinta-feira sobre a resolução que o faria ser a primeira instituição europeia a reconhecer Guaidó como presidente interino após sua autoproclamação em 23 de janeiro.
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