EUA afirma que Putin ameaça as democracias do mundo inteiro
O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, assegurou na Eslováquia que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, representa uma ameaça para o mundo inteiro, e também alertou aos eslovacos que se protejam da China.
"Vladimir Putin está empenhado em minar as democracias no mundo, não se enganem. Devemos ser muito francos nisso", disse Pompeo diante de um grupo de jovens e estudantes de Jornalismo em Bratislava, capital eslovaca.
Em seu discurso, o chefe da diplomacia americana também advertiu aos eslovacos sobre "a necessidade de se protegerem dos esforços econômicos e de outro tipo por parte da China para criar dependência e manipular o sistema político que vocês têm".
Pompeo chegou nesta terça-feira (12) à Eslováquia na segunda escala de sua viagem por vários países da Europa central, em uma tentativa aberta de frear a crescente influência de Rússia e China na região.
Há "tempo demais que os Estados Unidos não têm estado profundamente comprometido aqui", disse Pompeo ao presidente Andrej Kiska, em alusão à primeira visita de um chefe da diplomacia americana ao país em 14 anos.
Pompeo também se reuniu com cinco ex-presos políticos diante do memorial chamado Porta da Liberdade, na fronteira com a Áustria, onde 400 pessoas morreram entre 1945 e 1989 em suas tentativas de passar para o outro lado da chamada Cortina de Ferro.
"Ali, onde havia cercas e guardas armados, as pessoas, os bens e as informações cruzam livremente hoje em dia", comemorou Pompeo.
Os Estados Unidos têm em sua mira a dependência energética dos países europeus com relação à Rússia.
Na segunda-feira, na Hungria, um dos Estados mais pró-russos da União Europeia, Pompeo transmitiu ao primeiro-ministro Viktor Orban a sua preocupação sobre o rápido desenvolvimento das relações políticas e econômicas do país com Moscou e Pequim.
Segundo um responsável americano de alto escalão, Pompeo chegou à Eslováquia com uma proposta que já fez a outros países.
"O objetivo geral que podem ver na Europa central é análogo ao da nossa estratégia na (região) Ásia-Pacífico", explicou este responsável.
"Trata-se de destacar, em âmbitos vulneráveis onde nossos rivais chineses e russos ganham terreno, que nós queremos aumentar o nosso compromisso diplomático, militar e cultural".
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