Saques atingem estado petroleiro da Venezuela após semana de apagões
Caracas, 3 Abr 2019 (AFP) - Novos saques ocorreram no estado petrolífero de Zulia (oeste), em meio aos apagões que afetam a Venezuela, provocando elevadas perdas às empresas da região e o fechamento do comércio.
"Hoje, a maioria dos negócios amanheceu fechado e muitos foram saqueados", disse Maria Amaya, moradora de Cabimas, que testemunhou as espessas colunas de fumaça deixadas pela queima de pneus durante os tumultos.
Durante os tumultos na cidade, onde há várias instalações da estatal petrolífera PDVSA, "16 mil caixas de produtos, computadores e móveis de escritório foram roubados e houve sérios danos a instalações sanitárias e portas de acesso à agência", denunciou a Pepsi-Cola.
"A Pepsi-Cola Venezuela lamenta e rejeita veementemente os novos atos de vandalismo perpetrados ontem à tarde em sua agência de distribuição de refrigerantes, localizada em Cabimas, estado de Zulia", diz o texto.
"As perdas desse novo saque são estimadas em mais de 2,4 bilhões de bolívares e somadas aos danos causados, há três semanas, nas quatro instalações da Empresas Polar no estado de Zulia, cujo número acumulado agora é de mais de 21,4 bilhões de bolívares (6,4 milhões de dólares)", apontou o comunicado.
A Pepsi-Cola, de origem norte-americana, é administrada na Venezuela em parceria com o consórcio Empresas Polar, o conglomerado privado mais importante do país, cujas fábricas sofreram danos consideráveis durante o saque ocorrido em meio aos cortes de energia acentuados em 7 de março.
Zulia, segundo estado mais populoso do país, com quase quatro milhões de habitantes, foi atingido durante uma década por apagões recorrentes que se espalharam progressivamente para o resto do país, deixando no escuro por dias até mesmo para Caracas.
O presidente Nicolás Maduro atribui os apagões à "sabotagem" pelos Estados Unidos e pela oposição para desestabilizar seu governo, enquanto especialistas ligam falhas com imperícia, corrupção e falta de manutenção.
mbj/axm/dga/cc
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