Relator da ONU preocupado por possível extradição de Assange para os EUA
Evilard, Suíça, 12 Abr 2019 (AFP) - O relator especial da ONU sobre a tortura afirmou nesta sexta-feira que teme que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, não tenha um julgamento justo nos Estados Unidos onde a justiça pede a extradição do australiano por "ciberpirataria".
Nils Melzer, que também é professor de direito internacional, acredita que o Equador não respeitou o "direito processual" de Assange durante sua expulsão na quinta-feira da embaixada equatoriana em Londres.
"Temos importantes dúvidas na comunidade de defensores dos direitos humanos sobre os direitos fundamentais de Assange. Estamos muito preocupados com a maneira como ele será tratado caso seja extraditado para os Estados Unidos", declarou Melzer à AFP.
"Minha principal preocupação é que venha a ser extraditado para os Estados Unidos", destacou, indicando que "devem ser exigidas normas muito elevadas (...) para que possa ter um julgamento justo".
Melzer avaliou que no caso de extradição, Assange estará "exposto às práticas de detenção em vigor nos Estados Unidos", algumas das quais são "muito problemáticas".
"Evidentemente, trata-se de um caso de segurança nacional, e os Estados Unidos na última década não mostraram ser um Estado confiável no que concerne à proibição da tortura em casos que envolvem segurança nacional", destacou o especialista suíço.
elr-apo/alm/pa/eg/lca
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