Candidato à presidência da Argentina promete tirar população da pobreza
A ex-presidente Cristina Kirchner e o ex-chefe de gabinete Alberto Fernández prometeram tirar milhões de argentinos da pobreza no primeiro ato de sua campanha para as eleições presidenciais de 27 de outubro, na qual Mauricio Macri tentará a reeleição.
"Aos 4 milhões e meio de pessoas pobres deixadas por Macri, nós vamos lhes estender a mão", proclamou Fernandez neste sábado, a data da Revolução de Maio na Argentina, diante de milhares de apoiadores na cidade de Merlo, a cerca de 40 km de Buenos Aires.
Ao recordar seu trabalho como chefe de gabinete do falecido Néstor Kichner (2003-2007), Fernández disse que foram "quatro anos e meio maravilhosos da minha vida, que me confrontaram com o desafio de tirar a Argentina do abismo", em referência à crise em que o país caiu em 2001, quando declarado a moratória.
"Agora faremos a mesma coisa. Certamente não é fácil fazê-lo, mas vamos resolver isso entre todos", disse.
A pré-candidatura de Fernandez, 60 anos, foi lançada há uma semana pela corrente de esquerda do peronismo. Cristina Kirchner, que presidiu a Argentina entre 2007 e 2015 e de quem ele foi chefe de gabinete em seu primeiro ano de governo, é vice-presidente da chapa.
"A Argentina era um país que crescia, onde havia trabalho e educação, onde havia um futuro. Continuo a me perguntar, diante desse presente tão dramático, o que aconteceu conosco", declarou Cristina Kirchner na cerimônia, enquanto milhares gritavam "Voltaremos" e agitavam bandeiras argentinas.
Cristina Kirchner, com 66 anos, enfrenta uma dúzia de processos por alegada corrupção, mas aparecia em primeiro nas pesquisas eleitorais. Surpreendentemente, ela declinou da aspiração presidencial em favor de Fernandez, de quem ele se distanciou após deixar o governo em 2008.
No recém-inaugurado parque de Merlo, Alejandra Escobar, professora universitária de 46 anos, assegurou que Alberto Fernández "está à altura histórica. Ele foi parte da reconstrução, tem essa trajetória, esse percurso, e eu acho que ele tem total condições de reerguer a Argentina".
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