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Em meio a tensão com EUA, Irã anuncia que desmantelou 'nova rede' de espiões da CIA

Montagem com o presidente dos EUA Donald Trump e o do Irã, Hassan Rouhani - Montagem com AFP Photo e Presidência do Irã
Montagem com o presidente dos EUA Donald Trump e o do Irã, Hassan Rouhani Imagem: Montagem com AFP Photo e Presidência do Irã

Em Teerã

18/06/2019 09h14

O Irã desmantelou uma "nova rede" de espiões que trabalhavam para os Estados Unidos, informou hoje a agência oficial de notícias Irna, que chamou a operação de "um grande e profundo golpe" contra Washington num momento de grande tensão entre os dois países.

"Com base em informações da nossa própria inteligência e pistas coletadas sobre os serviços americanos, descobrimos recentemente novos recrutas contratados pelos americanos e desmantelamos essa nova rede", escreveu a Irna, citando uma fonte apresentada como o chefe do serviço de contra-espionagem no ministério da Inteligência.

De acordo com a Irna, alguns espiões desta rede que, segundo ela, teria sido criada pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), já foram presos e levados à justiça, sem citar números ou revelar a identidade de sua fonte, mantida em segredo.

Para outras pessoas presas, uma "investigação complementar" é necessária, acrescentou a agência, segundo a qual o Irã conduziu a operação com "aliados estrangeiros".

A fonte citada pela Irna não especifica se os suspeitos presos foram detidos apenas no Irã ou em outros países.

A televisão estatal iraniana dedicou hoje um programa especial aos detalhes de uma operação de 2013 em que as autoridades do país supostamente desmantelaram outra rede da CIA.

O canal citou um artigo do site Yahoo News, publicado em novembro de 2018, que menciona um analista americano descrevendo a ação iraniana como "um dos mais sérios fracassos da inteligência [americana] desde 11 de setembro de 2001", data dos atentados terroristas nos Estados Unidos.

O Irã está envolvido há meses em uma disputa com os Estados Unidos e as tensões entre os dois países aumentaram drasticamente desde maio, fazendo a comunidade internacional temer uma deflagração no Oriente Médio, onde Washington reforçou sua presença militar.

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