Americanos se preocupam mais com doenças infecciosas do que com terrorismo, diz pesquisa
Os americanos consideram as doenças infecciosas uma ameaça maior à segurança nacional do que o terrorismo, segundo uma pesquisa divulgada hoje.
A Pew Research Center revelou que 79% dos entrevistados descreveram a propagação de doenças infecciosas como uma ameaça importante para o país, superando os 73% que consideraram grandes ameaças o terrorismo ou o aumento do número de armas nucleares.
A pandemia de covid-19 mudou radicalmente as percepções da opinião pública americana. Em 2014, quando a Pew fez a mesma pergunta em meio ao surto de Ebola na África, que foi rapidamente contido pelos EUA, apenas 52% tinham considerado as doenças infecciosas uma ameaça em potencial.
Vários pesquisadores tinham previsto que o novo coronavírus alterará as prioridades para a segurança nacional nos Estados Unidos, assim como os atentados do 11 de setembro de 2001, relacionados ao terrorismo e ao mundo islâmico.
A Pew entrevistou 1.000 americanos e descobriu que as preocupações com as doenças infecciosas ultrapassam as linhas partidárias e geracionais.
Dos consultados, 77% que apoiam ou têm inclinações em relação ao Partido Republicano, do presidente Donald Trump, consideram as doenças infecciosas uma preocupação séria, pouco menos dos que os 82% de democratas que se pronunciaram neste sentido.
A brecha entre ambos os setores foi mais significativa quando lhes foi perguntado sobre as mudanças climáticas. No resultado, 88% dos democratas viram o tópico como uma grande ameaça, em comparação com apenas 31% dos republicanos.
A pesquisa ocorreu por meio de entrevistas telefônicas realizadas entre os dias 3 e 27 de março, e tem margem de erro de 3,7 pontos percentuais.
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