Estado americano processa líderes da China por resposta à covid-19
O estado americano do Missouri abriu nesta terça-feira (21) um processo contra os líderes chineses por sua conduta na gestão da pandemia da COVID-19, buscando reparação por danos causados.
"O governo chinês mentiu para o mundo sobre o perigo e a natureza contagiosa da COVID-19, silenciou os denunciantes e fez pouco para impedir a propagação da doença", afirmou o procurador-geral do Missouri, Eric Schmitt.
"Eles (líderes) devem ser responsabilizados por suas ações", declarou.
A primeira ação judicial desse tipo ocorre em meio a pedidos no Congresso dos Estados Unidos para punir a China e a uma campanha do presidente Donald Trump para responsabilizar Pequim, enquanto o próprio presidente é criticado ele próprio pelo tratamento da crise.
O Missouri, um estado no centro do país governado pelo Partido Republicano de Trump, entrou com uma ação judicial em um tribunal federal, alegando uma quantidade não especificada de danos e uma ordem judicial sobre as ações prejudiciais da China, que supostamente incluem acúmulo de equipamento de proteção.
As chances de êxito do processo são pequenas, já que a lei americana, sob o princípio da imunidade soberana, geralmente proíbe ações legais contra governos estrangeiros.
O Missouri abordou a questão processando as autoridades do Partido Comunista, argumentando que não é formalmente um órgão do estado chinês.
Citando uma estimativa de que o Missouri pode perder dezenas de bilhões de dólares devido ao vírus e medidas para impedir sua disseminação, o processo acusa o Partido Comunista Chinês de agir em "desrespeito deliberado, intencional e imprudente contra direitos do Estado e de seu povo".
Trump e Joe Biden, seu rival democrata nas eleições presidenciais de novembro, acusam o dedo a China pela pandemia, refletindo a opinião pública, conforme uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, que indica que 66% dos americanos têm uma opinião ruim de Pequim.
Os Estados Unidos são agora o epicentro da pandemia de coronavírus, com mais de 42.000 mortos e 784.000 infectados.
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