Governo espanhol quer prorrogar estado de emergência por um mês
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou hoje que deseja solicitar ao Congresso dos Deputados uma última prorrogação "de cerca de um mês" do estado de emergência.
O prazo atual termina em 24 de maio.
"Deve ser o último estado de emergência e ir até o final da desescalada. Portanto, em vez de 15 dias, levaria cerca de um mês", disse ele, durante discurso transmitido na televisão.
Decretado em 14 de março, o estado de emergência permitiu a imposição de um rígido confinamento à população e já foi prorrogado várias vezes.
A expectativa é que este novo pedido de Sánchez seja aprovado no Congresso dos Deputados, onde o governo não possui maioria e a oposição de direita não o apoiou em sua última solicitação para estender esse status excepcional.
"Se o governo perceber que o estado de emergência pode ser suspenso antes deste [período de um] mês, nós faremos isso", prometeu Sánchez.
A Espanha é um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, com um total de 27.000 mortes. Desde a última segunda-feira, iniciou um desconfinamento por fases, a depender da situação de saúde de cada região.
Na segunda-feira, 70% dos espanhóis já terão iniciado o desconfinamento.
A primeira fase prevê a abertura, com limites, dos terraços de bares e restaurantes e permite reuniões de família, ou de amigos, com no máximo dez pessoas.
A região de Madri, uma parte da comunidade autônoma vizinha de Castilla León e a região de Barcelona manterão, porém, um confinamento rigoroso por medo de um novo surto. Ainda assim, pequenas lojas já poderão voltar a funcionar sem agendamento a partir da próxima segunda-feira.
O governo de direita de Madri e a prefeitura da capital criticaram a decisão do governo e denunciaram uma decisão "política" que impede sua região de mudar de fase e seguir adiante no desconfinamento.
"A desescalada pode acabar em metade do país com o início do verão", antecipou Sánchez.
O presidente pediu aos espanhóis que vivam essa volta às ruas com a "máxima prudência".
"O risco continua aí. O vírus não foi embora, e sua ameaça é real", insistiu Sánchez.
Segundo o último balanço publicado neste sábado, 102 pessoas morreram de coronavírus nas últimas 24 horas no país, o número mais baixo em dois meses.
O número total de mortes causadas pela pandemia chega a 27.563. O número de infecções confirmadas pelos testes de PCR passa de 230.000, mas o balanço real de positivos pode ser muito maior.
As autoridades da ilha de Fuerteventura (Ilhas Canárias) informaram neste sábado que um grupo de 38 imigrantes ilegais que haviam sido resgatados em frente à sua costa deverão fazer quarentena de 14 dias.
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