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Trump diz que considera restabelecer 10% das contribuições à OMS

Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca -
Presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca

Clarice Couto

São Paulo

16/05/2020 13h30

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado (16) em seu perfil no Twitter que considera restabelecer 10% do pagamento que vinha sendo feito à Organização Mundial da Saúde (OMS).

A afirmação foi feita em resposta à postagem do jornalista e apresentador do programa da Fox News Lou Dobbs. Segundo notícia compartilhada por Dobbs, o programa "Tucker Carlson Tonight" teve acesso ao rascunho de uma carta do governo americano ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informando que "concordará em pagar valor limitado ao que a China contribui".

Conforme a reportagem, Tucker Carlson disse ter sido informado de que "o presidente teria concordado em assinar a carta, se ainda não o tivesse feito". Um fonte do alto escalão da Administração Trump confirmou à produção do programa que o presidente concordou com o plano mencionado no documento.

Pelo Twitter, Trump disse que "não tomou sua decisão final" e que "todos os fundos estão congelados". Mas concordou que a medida está sendo avaliada. "Lou, este é apenas uma dos vários conceitos que estão sendo considerados, sob as quais pagaríamos 10% do que pagamos há muitos anos, correspondendo a pagamentos muito mais baixos da China", escreveu Trump na rede social.

No dia 14 abril, Trump anunciou que suspenderia o financiamento do país à OMS, enquanto uma "revisão" seria conduzida. O presidente americano acusa a OMS de ser "centrada na China" e disse, na ocasião, que a organização falhou em obter "informações oportunas" sobre a pandemia de coronavírus.

O orçamento da OMS para o biênio 2020-2021 é de US$ 4,8 bilhões, segundo a própria organização. No ciclo passado (2018/2019), os Estados Unidos prometeram US$ 893 milhões para o orçamento da OMS, cerca de 20% do total. Do montante, US$ 237 milhões foram contribuições "avaliadas" - contribuições oficiais do país - e US$ 656 milhões, voluntárias, para programas específicos.