Sete idosos morrem por coronavírus em asilo de Buenos Aires
Sete idosos residentes em um asilo em Buenos Aires, onde foram detectados 45 casos de coronavírus, morreram com graves sintomas da covid-19, informou o Ministério da Saúde da capital argentina, hoje.
Desde 28 de maio, quando uma enfermeira da instituição relatou ter um resultado positivo, 45 outras infecções foram confirmadas, 30 delas residentes e 15 profissionais de saúde, segundo o comunicado.
"Apesar do esforço da equipe médica dos centros de saúde em que foram hospitalizados, sete adultos mais velhos morreram por causa de um quadro da covid-19 grave", disse a parte sobre a situação da residência Del Arce, localizada em Villa Urquiza, um bairro comercial e residencial de classe média em Buenos Aires.
"Se eles fizeram tudo certo, me digam por que havia mais de 30 infectados e tantas mortes. Minha avó morreu em 13 de junho como resultado de ter sido contagiada com covid-19 lá", disse ao canal TN Paula García, cuja avó Yolanda (97 anos) acabou morrendo em um hospital.
Segundo a mulher, um grupo de familiares entrou com uma ação contra a casa de repouso Del Arce e disse que há "evidências de que o protocolo não era respeitado".
O governo afirmou que, depois de detectar o primeiro caso, foram realizadas oito inspeções no local e no dia 13 de junho "toda a geriatria foi evacuada".
Em declarações a um portal de notícias do bairro, o diretor da residência, José Carlos Puig Boo, negou as acusações e disse que a situação estava sob controle.
Vários centros que abrigam idosos, tanto em Buenos Aires como em outras cidades da Argentina, registraram casos da covid-19 e precisaram ser parcial ou totalmente evacuados.
Muitos membros da família dos idosos relatam falhas nas medidas de cuidados e prevenção.
Segundo o diário da prefeitura de Buenos Aires, até ontem havia um total de 4.451 casos confirmados nas casas de repouso da cidade.
A Argentina, que registra 47.216 casos e 1.085 mortes, está em quarentena desde 20 de março, embora a tenha flexibilizado nas últimas semanas.
Cerca de 90% dos casos estão concentrados entre Buenos Aires e sua periferia, onde vivem 14 milhões dos 44 milhões de argentinos.
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