Portugal nega 'descontrole' em Lisboa, a região mais afetada pela covid-19
Autoridades de Portugal negaram que exista qualquer tipo de "descontrole" sobre os surtos do novo coronavírus identificados na região de Lisboa, que adotou novas restrições nesta semana e se tornou hoje a parte do país com mais casos da covid-19 desde o início da pandemia.
A região de Lisboa e Vale do Tejo acumula 17.527 casos, superando em quase 200 a região Norte, onde a pandemia foi declarada no país e, até então, a zona mais impactada de Portugal.
Como ocorre há várias semanas, a área da capital voltou a aglutinar a maioria dos novos casos nas últimas 24 horas, 87% dos 367 infectados. Ao todo, o país registra 1.543 mortos e 40.104 contagiados.
"Os números mostram que não há descontrole. Haveria se tivesse mais que o dobro de casos pressionando o número de internados em unidades de terapia intensiva (UTI)", analisou o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, ao término de uma reunião com especialistas.
Também esteve presente na reunião o primeiro-ministro, António Costa, e membros dos partidos com representação parlamentar.
Rebelo de Sousa destacou que o país realiza um alto número de testes, afirmando que é o quinto país com mais exames realizados por cada milhão de habitantes na Europa.
Alguns partidos presentes na reunião expressaram preocupação com a região metropolitana de Lisboa, onde passaram a vigorar novas restrições para conter a covid-19, como a proibição de reunião de mais de dez pessoas e o fechamento de estabelecimentos a partir das 20h, exceto restaurantes.
"De acordo com os técnicos, a situação que estamos vivendo, nas palavras deles, é resultado de uma segunda onda, e não de um aumento de testes", afirmou o vice-presidente do grupo parlamentar do Partido Social Democrata (PSD, centro-direita, Ricardo Baptista Leite.
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