Promotores pedem a juiza que rejeite fiança a ex-namorada de Epstein
Promotores da corte do distrito sul de Nova York pediram hoje à Justiça que rejeite o pedido de fiança de Ghislaine Maxwell, ex-namorada do falecido financista Jeffrey Epstein e acusada de tráfico sexual de adolescentes, porque a mesma apresentaria um "risco extremo" de fuga.
Os promotores disseram à juiza federal Alison Nathan que a britânica, 58, poderá fugir se obtiver amanhã a liberdade condicional em troca de uma fiança de 5 milhões de dólares, como pedem seus advogados. Segundo os promotores, ela já tentou fazê-lo no último dia 2, quando foi presa em sua residência na cidade de Bradford, New Hampshire, onde se escondia.
Segundo os promotores, na casa de Ghislaine foi encontrado um celular envolto em papel alumínio, "um esforço, ao parecer equivocado, para que não fosse detectada". Eles informaram que um segurança da residência disse ao FBI que o irmão de Ghislaine contratou uma empresa de segurança em que trabalham ex-membros das Forças Armadas britânicas para cuidar de sua propriedade em New Hampshire. "Parece ser especialista em viver escondida", indicaram.
A audiência judicial de amanhã, a primeira de Ghislaine em Nova York, será realizada remotamente, às 13h locais. Segundo seus advogados, ela planeja se declarar não culpada das acusações.
Ghislaine, que possui passaportes de França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, foi acusada no último dia 2, pela Procuradoria do Distrito Sul de Nova York, por seis crimes, relacionados a recrutar meninas — uma delas de 14 anos — com o intuito de satisfazer os desejos de Epstein e seus amigos ricos e poderosos, além de levá-las para outro estado com este objetivo entre 1994 e 1997.
A ex-namorada de Epstein também é acusada de participar de abusos e mentir para a Justiça sob juramento. Caso seja considerada culpada, ela pode pegar até 35 anos de prisão.
Epstein foi preso e acusado de tráfico sexual de menores de idade, em julho do ano passado. Ele se autodeclarou inocente e, um mês depois, cometeu suicídio na prisão onde aguardava julgamento.
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