Venezuela estende até 12 de agosto proibição de voos por covid-19

A Venezuela estendeu a proibição de voos comerciais devido à nova pandemia de coronavírus por mais 30 dias, até 12 de agosto, mantendo as restrições que começaram a ser aplicadas em março, informou a autoridade aeronáutica.

O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) anunciou a "extensão da restrição de operações aéreas no território nacional por 30 dias", em comunicado divulgado na noite de domingo.

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"Operações em estado de emergência, voos de carga e correio, pousos técnicos, voos humanitários, repatriação ou voos autorizados pelas Nações Unidas e sobrevoos comerciais e de carga são isentos", acrescentou.

A medida está enquadrada no "estado de alarme" declarado pelo governo venezuelano em 13 de março antes do novo coronavírus.

Esse tipo de estado de emergência, que confere poderes especiais ao presidente socialista Nicolás Maduro e fornece uma base legal para uma quarentena em vigor desde março, também foi prorrogado na última sexta-feira por mais 30 dias.

Há 9.465 infectados com covid-19 e 89 mortos pelo vírus neste país de 30 milhões de habitantes, segundo dados oficiais, questionados por organizações como a Human Rights Watch.

Antes da pandemia, a atividade aérea na Venezuela entrou em colapso devido a um êxodo maciço de companhias aéreas por causa de dívidas estatais no valor de US$ 3,8 bilhões, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Isso ocorre devido à falta de divisas para repatriar lucros no âmbito de um controle cambial em vigor desde 2003.

No entanto, empresas como Air France, Iberia e Turkish Airlines mantiveram voos para destinos como Paris, Madri ou Istambul, enquanto outras como Wingo ofereceram serviço a Bogotá.