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Mais de 400 corpos são tirados de casas e ruas na Bolívia; 85% com covid-19

Agentes de saúde carregam caixão de vítima da covid-19 de asilo em Cochabamba - STR/AFP
Agentes de saúde carregam caixão de vítima da covid-19 de asilo em Cochabamba Imagem: STR/AFP

21/07/2020 18h49

A polícia boliviana recolheu nos últimos cinco dias mais de 400 cadáveres de ruas e casas, 85% deles de pessoas com o novo coronavírus, reportou ontem a força policial contra o crime (Felcc).

Entre os dias 15 e 20 deste mês, "a Felcc de Cochabamba reporta um total de 191 casos de retiradas" de cadáveres, enquanto La Paz "reporta 141 casos", disse o diretor nacional da Felcc, coronel Iván Rojas, a jornalistas.

Além disso, Santa Cruz, que concentra metade dos quase 61.000 infectados na Bolívia, reportou 68 resgates de cadáveres em cinco dias, acrescentou. Em Potosí foram 11 e em Chuquisaca, nove.

Oitenta e cinco por cento dos cadáveres recuperados são de "casos positivos de covid-19 e casos que apresentam sintomas de covid-19, o que será catalogado como casos suspeitos", acrescentou Rojas.

Os demais 15% "são casos de mortes por outras causas, vale dizer, falecimento por alguma doença ou causa violenta", acrescentou.

Segundo o departamento epidemiológico nacional, o coronavírus está em "uma escalada muito rápida" nas regiões de La Paz e Cochabamba, ambas no oeste da Bolívia.

O diretor do Instituto de Investigações Forenses, Andrés Flores, informou que entre 1º de abril e 19 de julho a entidade pública "realizou o reconhecimento médico-legal extra-hospitalar de 3.016 cadáveres suspeitos e confirmados de terem desenvolvido em vida a covid-19".

O grosso destes reconhecimentos foi feito em Santa Cruz (1.338 casos) e Cochabamba (1.023).

Até hoje, a Bolívia, que tem 11 milhões de habitantes, registra mais de 60.000 infectados com o coronavírus e supera os 2.200 mortos.