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EUA impedirá que Irã compre armas russas e chinesas, diz Pompeo

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, mais uma vez foi enfático - MIKE SEGAR
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, mais uma vez foi enfático Imagem: MIKE SEGAR

15/09/2020 08h01

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse hoje que os Estados Unidos vão impedir o Irã de comprar armas russas e chinesas, pouco mais de um mês após o término de um embargo internacional de armas a Teerã.

"Nada foi feito até agora para estender esse embargo e, portanto, os Estados Unidos assumiram suas responsabilidades", disse o secretário em entrevista à rádio France Inter, ao se referir à divergência entre americanos e europeus sobre a matéria.

"Vamos impedir que o Irã adquira tanques chineses e sistemas de defesa aérea russos e depois venda armas ao Hezbollah", acrescentou.

Os Estados Unidos se retiraram em 2018 do acordo nuclear iraniano e restabeleceram fortes sanções contra Teerã. Washington acusa Teerã de expansionismo no Oriente Médio por meio de grupos locais, como a poderosa milícia xiita Hezbollah no Líbano.

Também ativou formalmente um procedimento na ONU, em 21 de agosto, para pedir o restabelecimento das sanções internacionais contra o Irã, incluindo a extensão do embargo de armas.

Os EUA Enfrentam, no entanto, a rejeição categórica de seus aliados europeus - França, Alemanha e Reino Unido - e de outras grandes potências (China e Rússia), que assinaram o acordo de 2015. Este pacto deveria impedir o Irã de se equipar com armas nucleares em troca da suspensão das sanções que sufocam sua economia.

Uma esmagadora maioria dos membros do Conselho de Segurança (13 de 15), incluindo os países signatários do acordo, rejeitou a validade do procedimento iniciado pelos Estados Unidos em agosto.

Segundo esses países, Washington, que não faz parte do acordo sobre o programa nuclear do Irã desde 2018, não tem base legal para pedir o retorno das sanções internacionais na ONU por meio desse pacto.

Embora muitos dos aliados de Washington estejam preocupados com a retomada das atividades de enriquecimento de urânio iraniano em resposta às sanções dos EUA, eles também denunciam os motivos ocultos de Donald Trump. A dois meses da eleição presidencial, o presidente dos EUA está ansioso para mostrar resultados sobre o tema.