Funeral de adolescente palestino morto em confronto com o Exército israelense reúne multidão
Ramallah, Territórios palestinos, 5 dez 2020 (AFP) - Centenas de pessoas compareceram, neste sábado (5), ao funeral de um adolescente palestino morto no dia anterior durante confrontos com o Exército israelense perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, desafiando o toque de recolher imposto para combater a disseminação do coronavírus.
De acordo com as autoridades palestinas, Ali Ayman Nasr Abu Aliya, de 13 anos, foi baleado durante uma manifestação na sexta-feira na cidade de Mughayir contra a criação de uma colônia israelense na área.
Ele chegou a ser transferido em estado crítico para um hospital em Ramallah, mas não resistiu aos ferimentos.
A cidade de Ramallah está sujeita a um toque de recolher à tarde e aos finais de semana para conter a pandemia de covid-19.
A Cisjordânia, território palestino de 2,8 milhões de habitantes, ocupado desde 1967 pelo Exército israelense, registra oficialmente 71.703 casos de contaminação, com 678 mortes.
A agência de notícias palestina Wafa informou que outras quatro pessoas foram feridas por tiros de soldados israelenses.
O Exército israelense nega ter disparado balas letais e afirma ter usado "meios de dispersão" para evitar que os manifestantes atirassem pedras nas forças de segurança.
O emissário da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, pediu na sexta-feira que Israel iniciasse uma investigação sobre esse ato "inaceitável", descrito como "atroz" pela Autoridade Palestina.
De acordo com a Wafa, o Ministério das Relações Exteriores da Palestina anunciou na sexta-feira que vai processar Israel no Tribunal Penal Internacional (TPI) pela morte do adolescente.
alv/vg/me/eg/mr
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